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Sindicato leva proposta de acordo sobre greve na limpeza pública para as bases

Conversas seguem nesta quarta-feira (24), e nova assembleia está prevista para a semana que vem

Sindilimpe

Após audiência de mediação realizada ao longo desta terça-feira (23), na Delegacia do Ministério do Trabalho, o Sindicato dos Profissionais de Limpeza Pública, Asseio e Conservação (Sindilimpe-ES) está se reunindo com as bases para definir os rumos da greve dos funcionários do setor deflagrada nessa segunda-feira (22) em pelo menos oito cidades do Estado. As conversas deverão seguir ao longo desta quarta-feira (24), e uma nova assembleia está prevista para ocorrer na quarta-feira que vem (31). Nesse meio tempo, a paralisação poderá ser suspensa.

Com a greve, foram paralisados os serviços de varrição, coleta de resíduos e jardinagem de cidades da Região Metropolitana, incluindo Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica, Viana e Guarapari. Em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, e Aracruz, no litoral norte, os trabalhadores também aderiram à paralisação.

Em alguns pontos, funcionários já voltaram ao serviço, mesmo sem um posicionamento oficial do Sindilimpe. Em Cachoeiro de Itapemirim, a secretária municipal de Obras e Manutenção e Serviços Lorena Vasques (PSB) – apontada como pré-candidata a prefeita em outubro – divulgou um vídeo em suas redes sociais nessa terça no qual afirmava que os coletores de lixo do município já estavam nas ruas de novo.

Segundo o Sindilimpe, a proposta do mediador do Ministério do Trabalho incluiu: 7% de reajuste linear para os garis; café da manhã no valor de R$ 5; reajuste de 9% para coletor e jardineiro; reajuste de 9% para encarregados, supervisores e líderes de turma; redução da carga horária dos garis de oito para seis horas diárias, para novos contratos; e municípios do interior com tabela salarial equiparada à tabela de Aracruz.

Inicialmente, os trabalhadores reivindicaram reajuste salarial de 15% e melhores condições de trabalho, além de tíquete-alimentação linear no valor R$ 1 mil de forma “fixa” – ou seja, sem descontos em caso de atestado/declarações, férias ou diferença de escala e validação das medidas de forma imediata.

A categoria também reivindica pagamento do plano de saúde totalmente por conta empresa, tanto para o/a trabalhador/a quanto para seus dependentes, e ampliação da cobertura, com a previsão de internação. e a higienização dos uniformes dos/as trabalhadores/as.

As empresas haviam feito uma contraproposta de 3,71% de reajuste salarial, correspondente à variação do Índice Nacional de Preços aso Consumidor (INPC), no acumulado de 2023, segundo a advogada do Sindilimpe-ES, Poliana Firme. Entretanto, a proposta foi considerada “desrespeitosa”.

Por isso, os trabalhadores definiram pela greve em uma assembleia realizada na sede do Sindilimpe, em Gurigica, Vitória, na segunda-feira. Logo após, saíram em passeata em direção ao Palácio Anchieta, sede do governo do Estado. 

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