O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) lamentou o acidente que matou nesta quarta-feira (11) pelo menos três trabalhadores e feriu outros 10. O navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, que estava no Campo de Camarupim, nas proximidades de Aracruz, norte do Estado, era responsável por uma pequena produção de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás/dia.
O sindicato aponta como uma das principais causas do acidente a falta de manutenção e a precarização dos equipamentos, que a terceirização, sob gestão da empresa BW Offshore, impõe aos trabalhadores.
A diretoria do Sindipetro-ES participou durante toda a tarde desta quarta-feira da Gerência de Crise que foi instalada pela Petrobras para acompanhar o acidente. O sindicato informou que participará da investigação que irá apurar as causas da explosão.
O Sindipetro-ES informou que dos 74 profissionais que trabalhavam na FPSO Cidade de São Mateus, apenas um era funcionário concursado da Petrobras. Os demais eram terceirizados.
O sindicato alerta que a situação é semelhante no resto do país, já que dos 400 mil empregados da estatal, apenas 85 mil são concursados.
O Sindipetro advertiu ainda que acidentes como o ocorrido com o navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus não são exceção. Em 2014, segundo o sindicato, foram mais de 20 acidentes com mortes.
O Sindipetro-ES se posiciona contra o processo de terceirização cada vez mais forte na companhia, e também pede mais segurança para os trabalhadores.