Reunião com o secretário de Meio Ambiente de Vitória, Tarcísio Foeger, será aberta à comunidade
A situação dos animais de rua no Centro de Vitória será debatida em reunião entre a Associação dos Moradores do Centro (Amacentro) e o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Foeger, juntamente com sua equipe. Aberto ao público, o encontro está marcado para o dia 9 de novembro, às 19h, na creche Menino Jesus, localizada na Rua Sete de Setembro. O diálogo é uma demanda da comunidade, que reivindica medidas como ações eficientes de castração, atendimento veterinário e encaminhamento para abrigos.
A Amacentro já havia agendado uma reunião com representantes da pasta de Meio Ambiente para tratar sobre o assunto. Seria em 11 de outubro, mas devido ao episódio da queima de seis ônibus na Grande Vitória, cinco deles na Capital, foi desmarcada, e os moradores reivindicavam uma nova data.
Eles denunciam que o número de animais de rua tem aumentado e muitos deles estão doentes. A situação tem causado preocupação diante da necessidade de zelar pela vida dos animais e dos próprios moradores, já que algumas doenças podem contaminar também seres humanos.
A aposentada Marciléa Leandro, moradora do Centro, enfatiza que a falta de assistência não é somente nessa região, mas em várias localidades do município, e que embora os moradores entrem em contato com a prefeitura informando que há animais doentes ou machucados, em casos como os de atropelamento, não é dada a devida atenção.
A saída, destaca, foi os próprios moradores resgatarem e custearem o tratamento, que até o momento soma a quantia de R$ 5 mil. Ela afirma temer pela saúde das pessoas, uma vez que nem ao menos os casos de suspeita de esporotricose, doença que pode atingir os humanos, têm tido a atenção devida.
Após a repercussão da matéria veiculada em Século Diário sobre o assunto, o secretário Tarcísio Foeger chegou a contatar o jornal e dizer que em casos de atropelamento, por exemplo, é possível que o animal esteja acometido por alguma doença, como a raiva, fazendo com que perca um pouco os sentidos, o que faz com que estejam mais suscetíveis a esse tipo de acidente.
Nessa situação, afirma, assim como nas de outras possibilidades de enfermidades, a responsabilidade é da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA). Entretanto, para Marciléa, a informação não muda o fato de que a o serviço não está sendo prestado. “Ninguém faz nada e sobra para a população. Como que um cachorro que não consegue andar saiu do lugar? Porque a gente vai e acha e a prefeitura não? Era para a gente ser apoio, mas estamos fazendo o serviço dela”, critica.
Moradores do Centro se queixam ainda do abandono dos gatos que habitam o Mercado da Capixaba, que, apontam, devem ser recolhidos, tratados e enviados para adoção. A prefeitura chegou a recolher alguns, há cerca de uma semana, mas, conforme afirma Marciléa, nem todos foram tirados de lá, havendo muitos ainda no local.