Na sessão da última quarta-feira (4) na Câmara de Vila Velha, vereadores alertaram para o perigo que os tanques de combustíveis da Liquiport, instalados no Morro do Atalaia, em Paul, representam para os moradores do bairro. Criticaram também a lentidão do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) para solucionar a questão.
O vereador Anadelson Pereira (PTN) disse que falta de manutenção está deteriorando os tanques, o que pode provocar acidentes graves. Anadelson também criticou o Iema. O órgão ambiental, embora tenha determinado a desmontagem dos tanques, processo cujo prazo expirou em julho de 2014, até hoje não deu seguimento. Os tanques continuam atemorizando os moradores, como proferiu o vereador.
Anadelson ainda disse que, se o caso continuar se arrastando, e as autoridades se omitindo, os moradores podem fechar a Segunda Ponte em protesto. Os vereadores Joel Rangel (PSB), Arnaldinho Borgo (SD) e João Artem (PSB) também fizeram discursos em defesa dos moradores de Paul.
Os discursos vieram logo após a denúncia do advogado Luiz Guilherme de Almeida, o servidor público federal Marcos Valério Barbosa e o presidente do movimento Comunitário de Paul Paulo César Froes à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), contra os tanques.
Os autores alegam que os 32 tanques construídos no alto do Morro do Atalaia poderão provocar uma catástrofe ambiental e a toda comunidade de Vila Velha e de Vitória. Os autores pedem o encerramento das atividades de tancagem e a recuperação das áreas degradadas de fauna e flora. As estruturas foram erguidas coladas às casas, comércio, creches e igreja. A ação acusa o governo do Estado e a Prefeitura de Vila Velha de negligência.
