Os trabalhadores da Vale realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (12), para que a empresa coloque em prática o benefício dos planos de saúde dos trabalhadores das empresas contratadas. De acordo com o presidente do Sindicato Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES), Roberto Pereira de Souza, existe a possibilidade de novos protestos nos próximos dias, desta vez, envolvendo trabalhadores da Vale e das empresas contratadas, caso a Vale não convoque uma reunião para debater a questão ou não coloque a modalidade de pagamento em prática.
O Sindimetal e a Vale negociaram por quatro reuniões a definição da modalidade de pagamento dos planos de saúde das empresas contratadas. Na última delas, realizada há um ano, em novembro de 201, ficou decidido que o trabalhador da contratada pagaria o valor simbólico de R$ 1, sem coparticipação – parte do pagamento por consultas ou procedimentos.
Segundo o presidente do Sindimetal, a empresa assinou a ata da reunião se comprometendo a implementar a modalidade de pagamento a partir dos novos contratos firmados com as terceirizadas, mas o compromisso não foi cumprido. “Os trabalhadores continuam pagando caro pelo plano de saúde e muitos deles nem incluem a família no plano por falta de condições financeiras”, diz Roberto.
Ele acrescenta que a Vale só implantou o plano de saúde para os trabalhadores da 8ª usina, já que teria interesse que a obra terminasse rápido e não poderia ter o serviço parado por conta de manifestação de trabalhadores.
Roberto ressalta que na Samarco – mineradora do mesmo grupo – já é praticado o pagamento em termos semelhantes ao que a Vale se comprometeu em colocar em prática. Na empresa o trabalhador paga 5% do valor do contrato, o que equivale a aproximadamente R$ 5, também sem coparticipação.