Nova assembleia será realizada no dia 17, para deliberar uma possível greve a partir do dia 18
Em assembleia realizada nesta terça-feira (4) os trabalhadores dos Correios decidiram pela manutenção do estado de greve . Uma nova assembleia está marcada para o dia 17, podendo ser deliberada greve a partir do dia 18. Os trabalhadores são contrários à privatização da empresa e lutam pela manutenção do Acordo Coletivo aprovado em 2019, como destaca o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Prestadoras de Serviços Postais, Telegráficos e Similares do Espírito Santo (Sintect-ES), Antônio José Alves Braga.
Antônio afirma que nunca na história dos trabalhadores dos Correios seus direitos foram tão ameaçados. “Nunca passamos por um momento tão difícil. Sempre se falou em privatização, mas não de tirar todos os direitos, destruindo o Acordo Coletivo. É uma destruição de todos nosso direitos conquistados ao longo de nossa história”, diz o presidente do Sintect-ES.
Ele relata que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) havia aprovado a vigência do Acordo Coletivo por dois anos. Entretanto, uma liminar do ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli, suspendeu a decisão.
Segundo ele, os Correios também dobraram a mensalidade do plano de saúde e aumentaram a co-participação, o que tem feito com que muitos trabalhadores não tenham condições de pagar. Além disso, afirma, tem sido registado descredenciamento de médicos e hospitais.