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Trânsito levou mais de 3,5 mil pessoas para os hospitais capixabas no ano passado

 

Desde a última sexta-feira (21) passou a vigorar em todo o País a Lei 12.760, que torna mais rígida a chamada “Lei Seca”. A lei autoriza o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como meios de provas para confirmar a embriaguez do motorista. O Governa federal espera que lei mais rigorosa possa reduzir o número de acidentes de trânsito.
 
Segundo informações do Ministério da Saúde, 3.554 pessoas foram hospitalizadas no Estado em decorrência de acidentes de trânsito. As internações geraram um custo de R$ 4,5 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, uma média de R$ 1.266 por acidentado. 
 
No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortalidade, tornando-se, portanto, uma questão de saúde pública. Em 2010, 42.844 pessoas perderam a vida nas ruas e estradas de todo País. No Espírito Santo, no mesmo período, foram 1.116 mortes por acidentes de trânsito.
 
“Apoiamos todas as medidas que puderem ser tomadas para que acidentes sejam evitados e vidas, salvas”, defende o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A violência no trânsito reflete diretamente no SUS. Para se ter uma ideia desta realidade, em 2011 foram registradas 155 mil internações no SUS em todo Brasil relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 200 milhões. 
 
Esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU), nas Unidades de Pronto Socorro e Pronto Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames, fisioterapia, dentre outros. “Com os recursos investidos em todo Brasil nestas internações, poderíamos construir 140 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas) e melhorar o atendimento à população nas urgências e emergências do País”, alerta o ministro.
 
No Espírito Santo, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar intensificou as blitze nas estradas estaduais e na Região Metropolitana da Grande Vitória desde a última sexta-feira (21). As operações, que fazem parte do programa federal Vida no Trânsito, devem se estender, por todo o território nacional, até o final do carnaval. 
 
Quem for pego dirigindo sob influência de álcool ou outra substância psicoativa terá a carteira de habilitação recolhida e o veículo, retido. O motorista estará sujeito, ainda, à multa que passa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 e à suspensão do direito de dirigir por 12 meses. O valor da multa dobrará em caso de reincidência.
 
De acordo com a Lei 12.760, as penalidades serão aplicadas quando a conduta do motorista for constatada por concentração igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar. E, ainda, por sinais que indiquem alteração da capacidade psicomotora. A verificação da incapacidade do motorista de dirigir também poderá ser obtida por meio de teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova admitidos, observado o direito à contraprova.
 
No último mês de setembro, o Ministério da Saúde autorizou o repasse de mais R$ 12,8 milhões para os 26 estados e o Distrito Federal aplicarem no Vida no Trânsito. Desse montante, foi destinado o valor de R$ 425 mil para o Espírito Santo. No total, já foram liberados R$ 27,7 milhões para investimentos no projeto.

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