Em decisão monocrática preliminar, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) notificou o prefeito de Guarapari, Orly Gomes (DEM), e a presidente da Comissão Permanente de Licitação (Copel), Ariane de Freitas, para dar explicações sobre a licitação para concessão de transporte coletivo. A concorrência 002/2016 foi aberta em maio deste ano e a empresa C. Lorenzutti, sócia da Asatur, que já atua no município, saiu vencedora.
O relator, conselheiro Sérgio Borges, fixou prazo de cinco dias para que ambos prestem informações quanto a itens questionados na representação com pedido cautelar interposto pela empresa A.M.O. Brambati Transporte e Turismo. A decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (19) do Diário Oficial do Tribunal de Contas.
A expectativa da prefeitura era licitar 80 linhas e colocar mais 30 veículos em circulação na cidade, hoje atendida por 74 veículos. A assinatura do contrato ocorreu em 10 de agosto. A empresa vencedora tem pouco menos de três meses para colocar os veículos em circulação.
Orly Gomes também enfrenta contestações nas ruas de Guarapari. Nas últimas semanas, moradores se protestaram em vias públicas contra o decreto, publicado dia 4 de agosto, determinando o embarque e desembarque exclusivo de ônibus intermunicipais na nova rodoviária municipal. Os usuários denunciam que o decreto provocou maior gasto com passagem e viagens mais demoradas.
Ou seja, a mudança piorou uma condição já crítica de mobilidade. A alteração não é resultado de estudos, planejamentos ou da opinião de passageiros. É meramente uma exigência do contrato firmado em 2011 entre a Telavive, empresa administradora do espaço, e a prefeitura municipal.
