Os conflitos gerados pelo uso e ocupação das praias e da orla de Vitória serão discutidos na próxima quarta-feira (28), às 14 horas, na Câmara de Vereadores. Segundo o vereador Serjão Magalhães (PSB), propositor do debate, é necessário identificar os problemas na mesma medida da importância das atividades econômicas da região.
Segundo o vereador, por serem de fácil acesso, as praias da capital atraem cada vez mais usuários e, junto com eles, muitas atividades ocupam a região de forma desordenada, provocando discussões sobre o impacto no espaço público.
O objetivo é apresentar soluções à questão e que possam ser adotadas pelo poder público para atender às reivindicações de usuários e de profissionais que fazem o uso da areia e da orla. As atividades vão desde o uso para aluguel de bicicletas, patins e skates, a academias ao ar livre, quadras de vôlei e futebol.
“Nossa intenção é encontrar uma forma para todos que trabalham nas praias de Vitória atuem dentro da legalidade, sem correr o risco de serem impedidos pela fiscalização”, explica Serjão.
Participam da audiência a Gerência Regional do Patrimônio da União do Estado; os secretários municipais de Segurança Urbana, Esportes e Lazer, Meio Ambiente e Desenvolvimento da Cidade; os gerentes municipais de Controles Urbanos; representantes do Ministério Público do Estado; Gerência de Fiscalização de Postura e Edificações, além das associações de moradores da Ilha do Boi, Ilha do Frade, Praia do Canto, Jardim da Penha, Mata da Praia, Jardim Camburi e dos amigos da Praia de Camburi.
A regulamentação do uso da orla já ocorreu no Rio de Janeiro, sobretudo, no que diz respeito ao uso das praias como academia ao ar livre. O projeto piloto vem sendo implantado na Praia do Leblon e libera uma parte da orla para a instalação de quadras e pontos para atuação de professores de educação física.
Além do uso por comerciantes, outro conflito vem crescendo no Espírito Santo quanto ao uso do calcadão da Praia de Camburi. Segundo usuários, é cada vez maior o conflito entre skatistas, patinadores e pedestres usuários da área. O Ministério Público Estadual (MPES) cobrou uma solução à prefeitura de Vitória – a administração municipal diz que elabora uma campanha para atender os usuários da região, porém, nem a data, nem o formato foram divulgados.