Comitê em Defesa do Banestes realizou manifestação no prédio da administração central do banco, em Vitória
Em manifestação contra a venda da Banestes Seguros (Banseg) na manhã desta sexta-feira (5), a coordenadora geral do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários), Rita Lima, afirmou que vender a seguradora é uma “vontade infame de entregar a preço de banana o patrimônio do povo capixaba”. O protesto, realizado pelo Comitê em Defesa do Banestes Público Estadual, aconteceu na entrada do edifício Palas Center, no Centro de Vitória, onde funciona a administração central da instituição financeira.
“Precisamos mobilizar a população e todos trabalhadores do Sistema Banestes para resistir mais uma vez. O Banestes é importante para o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo. Ele está em todos municípios e traz crédito para os pequenos agricultores, pequenos comerciantes e pequenas empresas”, aponta Rita.
Compareceram ao ato, além dos trabalhadores bancários, representantes de movimentos sociais como o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que enviou pessoas do acampamento Índio Galdino, em Aracruz, no norte do Estado. Também estiveram presentes representantes Central Única dos Trabalhadores (CUT), Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, CSP Conlutas e mandatos da deputada estadual Iriny Lopes (PT) e da vereadora de Vitória Camila Valadão (Psol).
Nas eleições de 2018, o assunto foi tema de uma carta-compromisso assinada pelos candidatos ao governo do Estado, incluindo Casagrande, que garantia o controle acionário do Banestes, mantendo-o como patrimônio público e vinculado ao governo estadual. A privatização da seguradora, para a categoria, contradiz o documento e se consolida como manobra e “privatização disfarçada” do banco.