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Vereador convoca audiência pública para discutir aumento de frota em Vitória

Uma audiência pública na próxima quinta-feira (7) discute a crise nos ônibus em Vitória. Na última quinta (31), a tensão atingiu seu ponto máximo com a exoneração do então subsecretário de Transportes, Fernando Repinaldo, após sugerir que os passageiros aceitem a redução de frota dos ônibus e se adequem aos novos horários. O debate acontece na Câmara de Vitória, a partir das 19h. A iniciativa é do vereador Fabrício Gandini (PPS), aliado do prefeito Luciano Rezende (PPS).
 
Devem participar moradores, representantes da prefeitura, das empresas e do Ministério Público Estadual (MPES). Pelo tom utilizado pelo proponente na sessão de quinta (31), ao se referir à audiência, a Prefeitura de Vitória deve se eximir da responsabilidade de precarização do sistema e jogá-la exclusivamente sobre as empresas.
 
“É importante que a gente possa reunir as comunidades até para acionar o MPES. A gente não está conseguindo entender onde as empresas querem chegar com essa ação de diminuição mesmo tendo sido notificada para voltar. Eles alegam a questão do custo e, no entanto, operam o sistema que não poderia ter sido diminuído sem nenhum comunicado ou ação conjunta com a prefeitura”, disse Gandini
 
A crise no transporte público em Vitória acontece menos de seis meses após a crise instalada pelo projeto Integra Vitória e pelo mesmo motivo: uma alteração profunda no regime de funcionamento dos ônibus, para reduzir os custos das empresas, em detrimento dos passageiros. Um arrocho que, se não veio em outubro, tenta se impôr menos de seis depois com aumento da passagem e a redução de frota dos ônibus. 
 
Nos dois casos, os moradores dos bairros de baixa renda foram os que mais sentiram a demora e a superlotação dos ônibus. E nos dois casos as alterações foram executadas sem discussões com os moradores. 
 
O que diferencia os dois episódios é que o Integra Vitória era uma tentativa velada de cortas de gastos e aumento da margem de lucro das empresas. O caso, agora, é de um esforço explícito. Sem contar que, em janeiro, a tarifa foi reajustada para R$ 2,70. Não foi preciso um mês para a população perceber que estava pagando mais por um serviço ainda pior.

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