Na sessão de quinta-feira (31) na Câmara de Vila Velha, o vereador Ricardo Chiabai (PPS) se deparou com uma situação a que qualificou de “corriqueira” na cidade. “Um rapaz estacionou um carro na orla, numa vaga de deficiente, acredito que estava indo para uma academia e acredito que deva ter ficado por lá pelo menos por uma hora”, disse, em tom casual.
O vereador, então, ligou para a Central de Trânsito da Prefeitura de Vila Velha, pela qual o cidadão pode requisitar serviços de guinchamento. E, disse, recebeu a seguinte resposta: “Olha senhor, nós podemos até mandar uma viatura lá, para multar. Mas não podemos fazer mais nada, porque não temos mais um contrato de guincho na cidade”.
“Como é que pode uma cidade, com quase 500 mil habitantes, que não tem um guincho para retirar um carro em situação irregular?”, questionou. Exibindo fotos de carros abandonados pela cidade, o vereador denunciou que a Prefeitura de Vila Velha continua sem contrato para guinchar carros. Enquanto isso, carros estacionam em faixas de pedestre, em frente a garagens e em vagas deficiente e idosos. O problema, segundo Chiabai, vem se arrastando há pelo menos seis meses e sem previsão de solução.
O vereador lembrou ainda da lei de sua autoria publicada em janeiro que regulamenta a remoção, guarda e liberação de veículos abandonados nas ruas de Vila Velha. Mas, claro, nada ainda foi feito. Talvez esteja aí a razão para o prefeito Rodney Miranda (DEM) ter vetado o projeto de lei. O veto foi derrubado pelos vereadores na penúltima sessão de 2015.
Um carro abandonado em frente à casa do próprio vereador dá a medida da gravidade da situação. Está lá há cerca de seis meses. A Secretaria de Prevenção, Combate à Violência e Trânsito até afixou uma etiqueta no veículo dando ao proprietário cinco dias para a retirada sob pena de remoção. “Já se passaram 30 dias. Nada aconteceu. Parece que isso aqui não é uma cidade, é uma província”, concluiu, Chiabai, crítico da gestão Rodney Miranda (DEM).