Cinco vereadores de Aracruz, município do norte do Espírito Santo, participaram de uma reunião, nesta quinta-feira (21), na sede da Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado (Ceturb/ES), em Vitória. O objetivo foi debater a viabilidade da inclusão do município no Sistema Transcol, caso se concretize a proposta para que a cidade seja inserida na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV).
De Aracruz, participaram a vereadora Adriana Guimarães (Republicanos) e os vereadores Elizeu Costa (sem partido), Léo Pereira (DEM), Marcelo Nena (PSD) e Alexandre Manhães (Republicanos) – este último, presidente da Câmara de Aracruz. Os parlamentares foram recebidos pelo diretor-presidente da Ceturb, Marcos Bruno.
Nas redes sociais, Adriana Guimarães afirmou que foi iniciado “um diálogo muito produtivo com o diretor-presidente da Ceturb” e que o assunto estará em pauta em uma audiência pública a ser realizada em breve na Câmara Municipal.
“Dessa forma, estamos dialogando e verificando a viabilidade para que Aracruz seja inserida na Região Metropolitana da Grande Vitória e, assim, trazermos o Transcol para dentro do município. Estamos trabalhando e buscando parcerias para que a mudança no transporte público aconteça e que seja mais eficiente e acessível a todos os cidadãos”, completa.
Procurada por Século Diário, a Ceturb-ES não deu resposta aos questionamentos sobre a reunião com os vereadores, até a publicação desta matéria.
Inclusão na Grande Vitória
No último dia 15, a deputada estadual Iriny Lopes (PT) protocolou um projeto na Assembleia Legislativa para alterar a Lei Complementar nº 318, de 17 de janeiro de 2005, e incluir Aracruz entre os municípios da Grande Vitória. A proposta vai ao encontro de uma mobilização popular no município do norte capixaba – um abaixo-assinado de 2019 recolheu 144 assinaturas de moradores.
A principal motivação para esse pleito é a possibilidade de inserir Aracruz no Sistema Transcol, o que poderia ajudar a solucionar os problemas de transporte coletivo da cidade. As insatisfações estão relacionadas ao preço alto das passagens de ônibus, que chega a custar R$ 15,75 em um dos itinerários – apesar do subsídio de R$ 2,76 milhões da Prefeitura de Aracruz para prestadora do serviço -, mudanças de horários dos itinerários, não retorno de linhas suspensas durante a pandemia de Covid-19 e atendimento ineficaz a algumas áreas do município.
Em maio deste ano, após sucessivas reclamações e descumprimento de acordos, a Prefeitura de Aracruz decretou a caducidade do contrato – ou seja, a extinção – com a empresa Expresso Aracruz, que operava em parte das linhas. Com isso, a empresa Cordial, que já operava em outra parte, passou a assumir a totalidade das linhas. O contrato de concessão é válido até 2029.