Os vereadores Reinaldo Bolão (PT) e Luiz Emanuel Zouain (PPS) repercutiram na sessão da última quarta-feira (7), na Câmara de Vitória, a controvérsia em torno da instalação de um parque tecnológico na região de Goiabeiras, Vitória. Uma fração da área destinada pelo plano Diretor Urbano (PDU), que está em processo de revisão, para a instalação do projeto foi requerida pelo setor imobiliária para uso residencial.
O petista expressou preocupação com o aumento do fluxo veicular numa região formada por ruas estreitas. Bolão lembrou os seis mil alunos da faculdade Multivix que engrossam a circulação no bairro. Segundo ele, a faculdade não tem estrutura para receber os carros, razão pela qual as ruas no entorno da instituição ficam lotadas de veículos. Lembrou também o loteamento do Grupo Dadalto já aprovado pela Prefeitura de Vitória e a instalação do parque tecnológico.
Para Bolão, os três projetos, atuando em conjunto, podem esgotar a capacidade viária da região, especialmente as ruas José Alves, Desembargador Cassio Castelo e Armando Moreira de Oliveira. “Se isso tudo for implantado lá, como vai ficar a qualidade de vida dos moradores?”, questionou.
Membro da base do prefeito Luciano Rezende (PPS), Luiz Emanuel defendeu que a destinação exclusiva do terreno para o parque tecnológico e criticou duramente os empreendedores imobiliários. Segundo o vereador, há um risco de desfiguração do projeto original do parque porque o Grupo Dadalto defende, dentro do processo de revisão do PDU, destinar uma parte do terreno para a construção residencial.
“É bem provável que os donos da Dadalto coloquem seus filhos para estudar nas cidades humanas e inteligentes mundo afora, mas não querem a mesma situação aqui em Vitória. Precisamos apelar aos nossos empreendedores para ter um pouquinho mais de racionalidade e bom senso. Aquele espaço tem que ser exclusivamente do parque tecnológico”, criticou.
