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Viação Itapemirim sob mira: novos atrasos de pagamento, novas paralisações

“Toda vez que houver atraso de pagamento, os ônibus da Itapemirim não vão sair da garagem. Os trabalhadores não estão recebendo em dia, e não aceitam mais essa situação”. A afirmação é do presidente do Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários), Edson Bastos. 
 
Nesta quinta-feira (28), os trabalhadores da empresa, liderados pelo Sindirodoviários, fecharam os portões da garagem da Viação Itapemirim, localizada em Alto Lage, Cariacica. A medida foi adotada entre 8h da manhã e 13h30, aproximadamente. 
 
O impacto foi sentido pelas pessoas com passagens na empresa. Foi uma longa espera, sem informações.  Alguns passageiros foram reembolsados, outros embarcados em  ônibus da própria Viação Itapemirim vindos do Nordeste e destinados ao Rio de Janeiro.
 
Segundo o presidente do Sindirodoviários, com as negociações, a Viação Itapemirim pagou o vale refeição, e o pagamento a título de adiantamento, que estava atrasado.
 
Edson Bastos informou que a empresa deve o mês de dezembro, mas tem franquia para pagar até o dia 5 de janeiro. Também deve a segunda parcela do 13º salário, a ser paga em 20 de janeiro, e a terceira e ultima parcela do 13º salario, a ser paga em 20 de fevereiro, como foi negociado pela empresa. 
 
A empresa não pode mais atrasar, afirma o dirigente sindical. “Se houver novos atrasos, vamos fazer novas paralisações. A tolerância é zero”, afirmou Edson Bastos. Ele estima em 100 funcionários o quadro da empresa no Estado.
 
Direção da empresa disputa
 
A Viação Itapemirim passa por uma disputa pelo poder.  O último lance ocorreu no último dia 19 quando, atendendo pedido do empresário Camilo Cola, a Justiça destituiu da gestão da empresa os sócios Camila Valdivia e Sidnei Piva de Jesus. A decisão foi do juiz Leonardo Mannarino Teixeira Lopes, que foi designado para assumir o caso neste mês, após a saída da ação do juiz Paulino José Lourenço, titular da 13ª Vara Cível de Vitória.
 
A decisão favorece a Camilo Cola, ex-proprietário e fundador da empresa. A luta pelo poder na empresa vem de longa data. Para determinar a destituição dos diretores, a Justiça considerou indícios de fraude.
 
Um destes indícios é o problema do grupo Transbrasiliana:  a Justiça goiana destituiu os atuais sócios da Itapemirim da gestão das empresas Transbrasiliana e Rápido Marajó por haver indícios de transferência fraudulenta de valores para as empresas do Grupo Itapemirim.
 
Uma nova audiência desta briga pela direção da Viação Itapemirim  foi marcada pelo juiz Leonardo Mannarino Teixeira Lopes, e será uma audiência de conciliação entre os Sidnei e Camila e o ex-dono. Será no dia 9 de janeiro de 2018, às 10 horas, quando haverá a nomeação de um interventor com o objetivo de, em comum acordo entre as partes, “gerir a empresa, possibilitando a recuperação”, até a assembleia dos credores, como disse o juiz em decisão.

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