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Vila Velha: audiência pública discute mobilidade para ciclistas e pedestres

Muito embora conte com ciclovias quilométricas, em agosto, após a morte de dois ciclistas em duas semanas, Vila Velha recebeu dos cicloativistas capixabas a sintomática honraria de “Cidade do Espírito Santo que Mais Mata Ciclistas”. Esse quadro preocupante será um dos pontos da audiência pública que acontece na próxima quinta-feira (27), a partir das 18h30, na Câmara Municipal de Vila Velha, vai debater mobilidade urbana na segunda cidade mais populosa do Espírito Santo. 
 
“Nós temos uma preocupação com as obras do Programa de Mobilidade Metropolitana (PMM) em relação à conectividade entre as ciclovias”, diz Fernando Braga, representante da União de Ciclistas do Brasil (UCB). Braga se refere mais especificamente às obras do BRT (corredores exclusivos para ônibus), uma das principais do programa, que vai estabelecer uma mudança profunda no traçado da Grande Vitória. 
 
Daí que o foco da audiência seja a mobilidade de ciclistas, pedestres e pessoas com mobilidade reduzida. Ainda não se sabe que cara as cidades ganharão após as obras do BRT. “Vamos provocar a Prefeitura de Vila Velha para que ela crie essa conectividade”, diz Braga.  Vias e ciclovias interligadas significam a mobilidade segura de ciclistas e pedestres, os elementos mais frágeis na hierarquia da mobilidade urbana. “Estamos tentando andar na frente, priorizando a vida”, destaca. 
 
A audiência também vai chamar atenção para outros para outros pontos problemáticos da infraestrutura cicloviária canela-verde, sobretudo a melhoria da sinalização, a instalação de paraciclos nas zonas de estacionamento rotativo (medida de restrição ao carro, mas que não foi acompanhada de um estímulo para uso de outro modal) e a redução de velocidade dos carros. 
 
Em relação à sinalização, Braga vai apresentar modelos já implementados não em Copenhague (Dinamarca) ou Amsterdam (Holanda), como costumava ser há pouco tempo, mas em cidades vizinhas, como o Rio de Janeiro e São Paulo. “Vamos provar que é possível sim encontrar soluções e soluções baratas. Não é preciso grandes obras de engenharia”, pontua o cicloativista. 
 
Ele cita a iniciativa carioca de implantar em determinados bairros as chamadas “zonas 30”, que determina a velocidade máxima de 30 Km/h para carros. É uma das iniciativas mais eficazes para harmonizar o convívio entre carros, ciclistas e pedestres.
 
A audiência, promovida pelo gabinete do vereador Zé Nilton (PT), terá a presença de representantes da UCB, do grupo Ciclistas Vila-Velhenses e de uma associação estadual de deficientes físicos. Também foram convidados representantes do Ministério Público Estadual (MPES) e da PMVV.

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