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Villaschi sugere melhor aproveitamento de ‘áreas mortas’ de Vitória

O professor de economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Arlindo Villaschi, defendeu, em artigo publicado nesta terça-feira (4) no jornal A Gazeta, o melhor aproveitamento dos espaços vazios da Capital. Ele se refere especificamente à faixa que vai do Iate Clube, na Praia do Canto, à sede do Clube Álvares Cabral, em Bento Ferreira. 
 
Villaschi afirma que na região já há equipamentos importantes, mas é preciso interligá-los para garantir uma melhor utilização dos espaços, aumentando a competitividade turística e a qualidade de vida para moradores e visitantes da cidade. 
 
Para o economista, é importante para Vitória pensar em uma cidade voltada para o mar. Conhecido por defender a retomada do transporte aquaviário na área contínua ao Shopping Vitória, onde o Grupo Buaiz prevê a construção de edificações empresariais, o economista traz à tona, mais uma vez, o debate sobre o uso e ocupação dos espaços da cidade. 
 
A ideia tem uma boa aceitação da sociedade. Em suas falas durante as audiências públicas realizadas sobre o tema, o professor é constantemente aplaudido ao defender a valorização da paisagem da cidade. Para ele, é preciso repensar o uso dos espaços voltados para o mar, como é o caso da região que vai do Iate Clube ao Álvares Cabral que, inclusive, já possuem importantes atrativos como o calçadão que liga o Iate à Curva da Jurema, o futuro Cais das Artes, a Praça do Papa e a sede do Projeto Tamar, que diariamente atraí visitantes à região. 
 
Além do fomento destes atrativos, a proposta de Villaschi é interligar e ocupar as áreas vazias. Além do aquaviário, que segundo ele serviria como uma vitrine para Vitória no circuito do turismo e também científico – devido às características geográficas e a rica biodiversidade da região -, ele defende a criação de espaços culturais e para a prática esportiva. 
 
Para a região da Curva da Jurema, a proposta é criar espaços como praças que identifiquem as etnias que contribuíram e contribuem para a construção da identidade capixaba, ampliando seu espaço de lazer. 
 
O economista ressalta a importância de valorizar as singularidades ambientais, culturais e também em propiciar o aproveitamento da área marinha para o desenvolvimento de práticas esportistas, por sua vez, através da utilização do Álvares Cabral. 
 
“Seria uma resposta à crescente demanda por espaços voltados para abrigar equipamentos e para o acesso ao mar por quem deseja praticar os esportes ligados a ele. Por outro lado, seria uma forma de ampliar a utilização de um espaço que é referência local para as competições esportivas”, destacou no artigo. 
 
Todas as propostas defendidas pelo professor já foram apresentadas a administração pública. No início do ano, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (MD), chegou a elogiar a proposta de voltar a cidade para o mar com o objetivo de aumentar a sua competitividade turística, incrementar sua economia e incentivar estudos científicos na região. 

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