A Prefeitura de Vitória apresenta em audiência pública nesta segunda-feira (19) o edital de licitação para contratar a empresa que vai administrar o Sistema de Compartilhamento de Bicicletas na cidade, o Pedala Vitória. O encontro acontece no auditório da Prefeitura de Vitória, às 19h, em Bento Ferreira.
A empresa que apresentar a melhor técnica vencerá o certame. Poderão participar empresas nacionais ou estrangeiras com filial ou sede no país, isoladamente ou consorciadas. As propostas devem ser entregues até o dia 26 de janeiro.
Para utilizar o serviço, o usuário deverá efetuar um cadastramento junto à empresa concessionária. O tempo de utilização está fixado em até 70 minutos. A forma de pagamento é dos critérios técnicos do edital.
A prefeitura trabalha com a ideia de instalar 25 estações de compartilhamento em que serão distribuídas 250 bicicletas. Haverá área para estacionamento de bikes. A praia de Camburi e a área entre a Praça dos Namorados e a Praça do Papa irão receber as estações inaugurais. Jardim da Penha, Jardim Camburi e Praia do Canto e as avenidas Adalberto Simão Nader, Fernando Ferrari, Serafim Derenzi, também devem receber estações.
O governo Renato Casagrande tentou empreender projeto semelhante. O sistema estadual de aluguel de bike, com abrangência na Grande Vitória, teve licitação aberta em abril de 2014. Mas o processo foi suspenso no mês seguinte por determinação da Justiça.
O Pedala Vitória nasce cerca de um mês após o Estado lança o Mapa das Ciclorrotas da Grande Vitória, instrumento, disponível na internet, que oferece ao ciclista as vias mais seguras para locomoção. Vitória, embora em estágio mais satisfatório em relação aos vizinhos da região metropolitana, ainda não dispõe de uma rede cicloviária articulada. Daí a importância dos mapas.
A eficiência de um projeto de compartilhamento de bicicletas em Vitória passa, portanto, pela estrutura da malha cicloviária da cidade. As ciclovias da capital, por ora, se concentram na orla e não se conectam com as ciclovias e ciclofaixas que cruzam a parte interna da cidade.
O traçado das ciclorrotas foi definido por governo, ciclistas e cicloativistas. Mas a sinalização vertical e horizontal ainda não foi executada. A incumbência, aqui, é das prefeituras. Ciclorrotas reclamam a implantação de “zonas de 30” ou “zonas de 40”, que determinam a velocidade máxima dos carros no trecho. Direto e reto: não basta oferecer bicicleta; melhor ainda é também oferecer locomoção segura.