É momento de refletirmos sobre as políticas públicas que a sociedade precisa
O cidadão que defende a democracia e a cidadania deve ser sujeito de suas ações e não objeto das ações daqueles que defendem, mesmo inconscientemente, o autoritarismo, patriarcalismo e machismo conservador em nossa sociedade.
No contexto em que estamos vivendo, onde iniciamos a campanha para escolhermos nossos representantes no parlamento e no executivo, em nível estadual e nacional, é momento de refletirmos sobre as políticas públicas que a sociedade precisa para construirmos o bem-estar para todos.
A nossa vida, assim também como a política, é feita de escolhas, portanto, este momento se reveste de muita importância para o futuro que queremos para nós e os nossos.
A cidadania comprometida com o bem-estar precisa defender a escolha de governantes que se comprometam com a criação de mecanismos de consulta e participação popular, assim como a realização de conferências por meio de delegados eleitos, ampliando a participação popular direta nos debates e implantação das políticas públicas, que consigam alcançar toda a nossa sociedade.
Precisamos refletir e conversar sobre a importância de escolhermos um governo que dialogue com a sociedade sobre os diversos temas de interesse coletivo, que afetam direta ou indiretamente todos os cidadãos.
É necessário ouvir a população sobre os temas gerais de interesse da maioria, como a reconstrução e fortalecimento da democracia; as questões sobre petróleo e gás; a Amazônia, sua preservação e a defesa de seus povos originários; a geração de emprego e renda; a educação de qualidade; a saúde e a segurança pública; entre tantos outros temas gerais de interesse da nossa sociedade democrática.
A nossa ação deve ser no sentido de escolher representantes que levem ao debate no parlamento e no executivo, local e nacional, os interesses do povo; dos trabalhadores do campo e da cidade; de suas organizações; das instituições de ensino estaduais e federais; e demais organizações que representam a população.
Precisamos construir um método colaborativo de convivência entre eleitores e eleitos, totalmente diferente do praticado pela maioria de nossos escolhidos, que privilegiam uma visão autoritária, centralizadora e burocrática na forma de defender os interesses políticos em disputa na nossa sociedade.
É nosso dever como cidadãos que defendemos uma sociedade democrática e participativa, escolher representantes que busquem uma saída dialogada para a nossa tragédia social e econômica a que estamos submetidos.
Que nossos futuros escolhidos sejam capazes de enfrentar os problemas estruturais que nos remetem ao desemprego, à redução do nosso poder de compra, consequência de uma política econômica e social sem compromisso com os interesses e necessidades da maioria de nossa população.
Devemos lembrar que, na democracia, a eleição não é uma competição entre os melhores, mas sim uma disputa entre quem defende interesses, então coitados daqueles que não escolhem entre os que defendem seus interesses para atender suas necessidades.
“Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um.” (Fernando Sabino, escritor, jornalista e editor brasileiro, nascido em Belo Horizonte em 12/10/1923, falecido em 11/10/2004, no Rio de Janeiro).