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​A entrevista

Há quatro anos, escrevi um livro digital sobre o rádio do Espírito Santo

Há quatro anos, escrevi um livro digital sobre o rádio do ES. Com ajuda de Rogério Medeiros, o Século Diário publicou um capítulo por semana até completar todo livro. Na época, o saudoso Carlos Tourinho, então professor na UVV, incentivou seus alunos a uma entrevista. Os alunos do Laboratório de Jornalismo da UVV (Misture mídia UVV) quiseram saber sobre o livro Eu sou uma Longa História – 50 Anos de Rádio”  enviaram perguntas, cujas respostas deverão ser analisadas por eles. Pedi autorização para publicar a entrevista aqui no espaço semanal que temos no Século.

Fale um pouco mais sobre seu livro? Qual é o foco central?

Primeiramente agradeço o interesse e a contribuição aos alunos da UVV, através do amigo Carlos Tourinho. Aquelas pessoas que sempre me conheceram e sabem da minha trajetória no rádio foram os principais incentivadores para que eu escrevesse o livro. Achavam interessantes certas passagens da vida profissional. Um dia tomei coragem e comecei a escrever. Não tem nenhum foco central, simplesmente ele narra episódios sobre o rádio capixaba e brasileiro. Talvez demonstrando que não se faz rádio como antigamente.

Explique o nome do livro Eu sou uma Longa História – 50 anos de rádio.

Na realidade, o nome do livro seria apenas “50 anos de Rádio”. Um dia eu vi nas redes sociais alguém brincando com a namorada dizendo “…eu sou uma longa historia de amor”. Gostei e adaptei para compor o título do livro. Afinal, não é qualquer pessoa que faz 50 anos na mesma profissão neste país. É uma longa história mesmo.

Na explicação a respeito do livro, você contou que algumas histórias poderiam ficar de fora. Qual foi o critério para decidir o que iria entrar ou não no livro, diante de tantas histórias?

Acho que se refere ao “introito” do livro. Diz o motivo porque estou escrevendo. Ali falo do rádio e suas dúvidas, do rádio e suas falhas, do rádio e sua essência. Tinha que fazer isso. Afinal, meu conhecimento do rádio não se limita ao que sei, mas muito mais que isso.

Como foi a experiência dos seis anos nos EUA?

Como narro no livro, fui para os Estados Unidos para assumir uma vaga na Voz da América. Deu problema, mas continuei lá. Sobrevivi entregando pizza e ouvindo rádio. Mesmo não tendo mais como ingressar na VOA, mesmo sendo o segundo colocado entre 600 que tentavam, fui várias vezes à Voz da América e lá fazia o trabalho que eu deveria fazer se contratado. Era uma espécie de laboratório. Maiores detalhes estão no livro.

Quais foram os trabalhos desenvolvidos no exterior?

Trabalho em rádio, fora o que fazia graciosamente na VOA, nenhum. Apenas me aprimorei pesquisando os mais diversos segmentos de rádio. Primeiramente em Los Angeles, depois em New York. Fiz algumas amizades no setor.

Sentiu alguma diferença do modelo de rádio de lá para o brasileiro?

Mais profissional. Com pessoas capacitadas, preparadas. Parecem que fazem com mais dedicação. Mas deve ser também pelo padrão financeiro de salário e pela cultura mais avançada.

Você já trabalhou em rádio, TV, assessoria, Executivo, como articulista e apresentador. Em qual dessas experiências você mais se identificou como profissional?

Aprendi com o tempo que a gente tem que se identificar com o que faz, colocar vontade em tudo, fazer com amor, senão vem uma sensação frustrante. Fiz tudo isso como se fosse o último profissional do mundo trabalhando e este trabalho dependesse de mim.

Qual a sua principal atividade hoje? Continua apaixonado pelo rádio?

Continuo fazendo rádio, mas de um modo próprio, mais à vontade, livre dos padrões tradicionais. Faço o que gosto. Além de escrever sobre comunicação para sites importantes, faço um jornal falado diário para as emissoras da Rede Sim em todo Estado. Breve, talvez ainda volte ao vídeo com um programa de entrevistas. Tenho uma página no YouTube com traduções de músicas, algumas traduções com mais de 1,5 milhão de acessos. Daqui e de fora. E o livro, por estar sendo lançado digitalmente no Século Diário, está tendo uma média de 4,5 mil acessos a cada capitulo. Tende a aumentar quando chegar as narrativas de Vitória. Isso tudo me orgulha.

Você se sente realizado com todos esses feitos ou ainda planeja outra aventura como meta de vida?

Sim, planejo lançar um site na internet com todas as músicas que escutei neste tempo de trabalho. Uma espécie de rádio web, mas sem locução, vinhetas, somente as músicas. É como se fosse um desses satélites lançados no espaço e que ficam lá rodando anos e anos. Quero isso, as músicas de minha preferência vagando no espaço, ao mesmo tempo ao alcance do mundo.

PARABÓLICAS

Muitas rádios comunitárias se fecharam em razão da crise econômica que o país atravessa. Uma das piores.

Entra governo e sai governo e a Rádio ES continua AM, embora tenha projeto antigo de virar FM.
Eluza Xavier tem a maior audiência de TV em sua terra natal, Cachoeiro de Itapemirim.
O antigo jornal de Cariacica, Correio Popular, formou bons e famosos jornalistas, enquanto existiu.

ACESSE
http://jrm50anos.blogspot.com.br/
O rádio do ES na visão de JRM

ACESSE: TRADUÇÃO JRM YOUTUBE
Ricardo Gnerucci – Ricorda me di te
https://www.youtube.com/watch?v=1eL1FlYVAUM

MENSAGEM FINAL
Aquele que derrota outros é forte; o que derrota a si mesmo é poderoso, e o que sabe que quando morrer não será destruído é eterno. Lao-Tsé

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