Está chegando o dia de refletirmos o valor e a importância do nosso voto
As eleições, o momento de fazermos as escolhas de nossos líderes municipais, para governarem nossas cidades de 2025 a 2028, acontecerão no próximo dia 6 de outubro, num domingo, em plena primavera.
Em nossa linguagem, a primavera tem muitos sentidos, o mais conhecido é que se trata de uma das estações do ano, a estação das flores, devido às florações que ocorrem nesse período, colorindo nossas paisagens, com o ressurgimento de belas flores coloridas e perfumadas.
A primavera representa a transição de um período frio para a chegada de um período de calor, de dias quentes do verão. Essa transição nos traz sentimentos de renovação, esperança, de uma vida colorida e alegre. Um período de mais luz, da força da vida com um bem-estar, felicidade, energia nova e alegria.
A primavera nos traz a energia da renovação da vida, o ressurgimento das flores, das cores, após um período frio e cinza, sem vida. É a vida nos mostrando que fazemos parte de um processo na natureza, onde somos envolvidos por oportunidades de mudanças, de renovação, de novos ciclos, de uma vida que segue sempre para frente, para o novo, onde tudo pode ser mudado para melhor.
Num outro sentido, existe a “Primavera dos Povos”, um conjunto de conflitos que ocorreram em diversos países da Europa em 1848, com início na França, quando manifestações populares se opunham à repressão do Estado, trazendo às ruas movimentos revolucionários com o objetivo de transformar a sociedade opressora em uma sociedade de bem-estar para todos, não só para alguns.
Nos países envolvidos França, Áustria, Hungria, Itália e Alemanha, os trabalhadores urbanos e a população mais pobre se organizaram e lutaram contra a miséria, a fome, a opressão e as péssimas condições de trabalho, enfrentando a monarquia absolutista e abandonando a aristocracia dominante. Este movimento foi de cunho liberal, nacionalista e socialista, e foi chamado de revolução de 1848.
A primavera Árabe foi uma série de protestos de rua, ocorridos nos países árabes no norte da África e no Oriente Médio, iniciados em 2010 e motivados por insatisfações populares contra a perda de direitos fundamentais, o desemprego, a corrupção e a pobreza. Na Primavera Árabe, há o florescimento das lutas por liberdade e justiça em regimes autoritários e opressores.
Na Bíblia lemos que a primavera pode nos trazer aprendizados novos, a cada ciclo de vida, em Filipenses 3:13, nos informa que “A Primavera é um trampolim para o futuro tão desejado”.
A música “Sol de Primavera”, de Ronaldo Bastos e Beto Guedes, nos traz a mensagem de que “Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos, quero ver brotar o perdão onde a gente plantou, juntos outra vez”. Que “já sonhamos juntos semeando…já choramos muito, muitos se perderam no caminho”. “ Sol de Primavera, abre as janelas do meu peito. A lição sabemos de cor, só nos resta aprender”.
Que nesta primavera de 2024, possamos fazer boas escolhas para eleger nossos representantes, para as câmaras legislativas e para os executivos municipais, nossos vereadores, vereadoras, prefeitos, prefeitas, que façam brilhar o nosso sol, que tragam cor e perfume para nossas vidas. Que lutem conosco nossas lutas, que defendam nossos interesses. Que dialoguem conosco sobre as políticas públicas que atendam nossas necessidades. Que compreendam que os recursos públicos, o nosso orçamento municipal, precisa ser utilizado para trazer desenvolvimento econômico e social onde possamos estar incluídos, nós, o povo trabalhador, e não apenas atender os interesses de investidores privados e do mercado financeiro.
Está chegando a hora de refletirmos o valor e a importância do nosso voto. Compreendermos que o povo trabalhador, aqueles que vivem de seu próprio trabalho, somos a maioria da sociedade, que nosso voto, nas eleições democráticas, vale tanto quanto qualquer outro voto, e sendo maioria, podemos influenciar muito no rumo da sociedade em que vivemos, para transformá-la na sociedade de bem-estar que merecemos, e que com nosso voto, podemos contribuir com sua construção. É chegada a hora. A hora da nossa primavera.
Como nos ensina Geraldo Vandré, em sua música “pra não dizer que não falei das flores”:
“Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos, construções. Caminhando e cantando e seguindo a canção. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Sigamos organizados e unidos. Venceremos!