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sábado, setembro 7, 2024

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​A hora é agora

O trabalho e a geração de renda como tema central na escolha eleitoral

As lutas por igualdade e justiça social não são apenas uma questão filosófica, uma ideia que interessa ao povo trabalhador nas fábricas e na periferia. A justiça social é um tema riquíssimo, que mostra todas as contradições da exploração do ser humano para a acumulação de riqueza por uma minoria da sociedade, com a exclusão da maioria, que é o povo trabalhador, produtor da riqueza.

As crises econômicas vividas pela sociedade nas últimas décadas trouxeram à tona a importância do debate e das reflexões sobre economia, filosofia, sociologia e a condução política, para elaborarmos as críticas necessárias ao modo como a sociedade produz sua riqueza, baseada no trabalho de muitos, e a concentra nas mãos de poucos, aumentando a cada dia o abismo social entre as pessoas, gerando as desigualdades, injustiças sociais e as grandes crises financeiras no mundo.

O Brasil hoje é um dos principais lugares no mundo para analisarmos as consequências das disputas entre democratas e conservadores, considerando nossa frágil cultura política; nossas instituições democráticas e republicanas se fortalecendo; e a forte influência econômica e a política internacional numa sociedade ainda polarizada, onde os democratas de centro esquerda governam o país.

É um dos raros países do mundo que conseguimos resistir à onda da extrema direita e repor no centro da vida política um sentimento de busca da igualdade, da justiça e do respeito às instituições e à Constituição, e isso pode ser pensado do ponto de vista da união da centro esquerda brasileira e da organização de seu povo trabalhador e suas organizações sociais.

Uma boa oportunidade para refletirmos sobre a nossa forma de nos relacionarmos politicamente, construindo uma cultura em que sejamos atores, sujeitos das nossas ações, estabelecendo uma relação de proatividade com as lideranças e organizações sociais, para o alcance da sociedade que desejamos e que aprendemos que só será construída por nós, pelo povo que vive de seu trabalho, juntos e unidos, e seus representantes eleitos.

É preciso acreditar na possibilidade de unirmos nossas forças para superar a exploração desumana, do trabalho humano, criando uma relação de maior igualdade e justiça entre os controladores dos meios de produção, dos empregos e da distribuição da renda produzida.

O melhor momento para reunirmos e unirmos nossas forças numa só direção é agora. Nossa luta se divide em duas neste momento em que se avizinha uma eleição municipal, a importância da nossa narrativa e discurso em defesa de nossos interesses e as ações necessárias para a sua realização, escolhendo bem aqueles que vão nos representar.
Para realizarmos nossos desejos e interesses, é preciso transformar a sociedade que aí está em uma que contemple a classe trabalhadora, aproveitando toda sua capacidade e atendendo todas suas necessidades.

Conhecemos a nossa história, muita coisa mudou na forma de ser feita, agora com mais tecnologia e ciência, porém, a dominação, o controle do poder não passou ainda para a maioria que trabalha e produz, continua concentrado.

Quem controla o poder político, econômico e social há séculos insiste em nos dizer que esse debate está ultrapassado, que não é verdadeiro, que é preciso conservar a sociedade como está, pois sempre foi assim. Nós temos que resistir e gritar não, chegou a hora de transformar, queremos igualdade e justiça para todos. Nossa luta não morre nunca e cada escolha que fazemos importa neste avanço.

Cada sujeito em sua sociedade defende seus interesses, quem vive do lucro, da exploração e da acumulação de riqueza vai tentar conservar essa ideia e essa prática. Nós que vivemos do nosso trabalho, temos como papel lutar para mudar essa lógica e, para isso, a ampliação das oportunidades, a valorização dos salários e a garantia de renda para todos devem sempre ser nossa ideia básica, nossa meta, nosso objetivo, nossa luta.

O trabalho e sua valorização sempre foram e sempre serão o tema central de toda sociedade. Precisamos de parlamentares e executivos que defendam essa ideia e a coloquem como debate central.

Da escravidão à democracia atual, a história do movimento dos trabalhadores nos mostra que os tempos históricos podem ser mudados, melhorados, para isso é necessário que tenhamos consciência política de nossas escolhas.

A correlação de forças na disputa pela ocupação de espaços, na distribuição de poder e riqueza, depende de nossa ação propositiva, de voz ativa na defesa de nossos interesses, em todos os lugares, na família, na escola, no trabalho, nas igrejas, nos lugares de encontros, diversões e lazer. Precisamos defender nossas posições, desejos e nossas necessidades. Fiquemos atentos às oportunidades que temos de fazermos nossas escolhas, somos muitos, somos diferentes, com objetivos comuns para construir o nosso bem-estar.

Como nos lembra Gonzaguinha, “Seu sonho é sua vida, e vida é trabalho, e sem o seu trabalho, o homem não tem honra, e sem a sua honra, se morre, se mata. Não dá pra ser feliz.”

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