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A noite dos pesadelos

O Halloween e outras festas populares

O Dia das Bruxas, mais conhecido como Halloween, dia 31,  encerra o mês de outubro com muitas caveiras e fantasmas que não assustam ninguém. Os mais animados continuam a festa nas comunidades mexicanas, onde Dia de los Muertos é pura alegria – se para nós o dois de novembro é para visitar os mortos, no México é o dia em que os mortos visitam os vivos.

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Cada povo com sua mania, diz o vulgo, que não precisa de explicações para entrar na festa. Alguns comparam o Halloween com nossas festas juninas, outros com o carmaval – nada a ver, eu acho, mas a alegria é a mesma. Entra ano, sai ano, passam as décadas, voam os séculos, e as tradições populares estão cada vez mais vivas. Bem, nem todas.

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No Brasil da minha infância tínhamos o Cosme e Damião, quando as crianças andavam em grupos pela vizinhança pedindo balas e guloseimas. Acabou? Tínhamos o boi-pintadinho, que desfilava pelas ruas assustando as crianças. Eu, principalmente! Essa manifestação folclórica ganha nomes diferentes em outros estados, mas a alegria é a mesma.

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Acho que o Halloween tem muitas semelhanças com outras festas populares: no carnaval vestimos fantasias, no Cosme e Damião pedimos balas: Trick or treat?  Se não falar, não ganha. Como no dia de finados, o Halloween também é uma celebração da morte. Seus fantasmas e caveiras transmitem o mesmo sentido de renovação – a ressurreição para uma vida eterna, onde seremos todos gentis.  

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Quem mais se diverte no Halloween é o dentista: Cerca de 185  milhões de americanos participam do Halloween, com aproximadamente 300 milhões de quilos de balas distribuídos todo ano. Haja açúcar! Dois terços dessas guloseimas acaba no lixo, principalmente pela má qualidade dos produtos adquiridos – em tendo que comprar muitas balas, escolhe-se as mais baratas. Um desperdício a mais na terra do desperdício. Mas tudo bem, tem mais no ano que vem! 

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Com bolo de fubá e pipoca dá pra se fazer uma boa festa junina, com pouco açúcar e sem dólares na gibeira.  Um vestido de babados para a donzela, um lenço no pescoço do cavalheiro,  o imprescindível chapéu de palha. Adicione um sanfoneiro, e enquanto a batata doce assa na fogueira… Anarriê!  A quadrilha é uma herança francesa: no requinte do Palácio de Versailles já cantavam: Balancê! Anavan tur!

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