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A sombra negra de Dilma

Com uma imagem extremamente negativa, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos deputados (CDHM), que teve um grande período de retrocesso com a postura preconceituosa de seu último presidente, volta a ser alvo da disputa fundamentalista da chamada bancada evangélica, que por si só e inconstitucional. O desrespeito ao conceito de laicidade e ao verdadeiro motivo de existir da CDHM transformaram o colegiado num esgoto de hipocrisia e chantagem política.
 
A impostura foi tanta, que não adiantou os protestos que ecoaram no Brasil inteiro vindos de todos os seguimentos realmente democráticos, inclusive religiosos cristãos. Os dominadores, falsos religiosos, se embriagaram de poder e unidos ao que há de pior na Câmara, como o tal do Bolsonaro, deram um show de despreparo e avacalhação com o que há de mais precioso na defesa dos cidadãos: os direitos humanos. A coisa ganhou tal proporção que virou deboche, chacota e protestos pelo mundo inteiro.
 
Agora com a saída do demagogo presidente, os fundamentalistas voltam a investir na tentativa de continuar sua descriminação, com mentiras e chantagens eleitoreiras. Nada mais obvio de se esperar, já que a gangue está infiltrada em todos os partidos. É essa é a tática de golpe, acreditam que nessa próxima eleição, essa bancada tenha um aumento de 30%. Eles já contabilizam os votos de inocentes, que acreditam em seus falsos discursos religiosos e não percebem a verdadeira tramoia desses velhacos que nada fazem de concreto pelo país ou por seus eleitores.
 
Todos são exímios propagadores do ódio disfarçado, segregando etnias, LGBTs e religiões que não sejam as que pagam dizimo e lhe dão poder. Sua homofobia revela a frustração de quem não teve a coragem de assumir sua própria sexualidade e assim, ocultos pelo seu falso credo, que nada tem a ver com o verdadeiro cristianismo, facilitam o crime, impedindo a aprovação de leis que visam coibir a violência contra minorias desprotegidas.
 
A chantagem eleitoreira é tão clara que durante a breve visita da presidenta Dilma ao nosso Estado, em decorrência das chuvas, ficou a sombra negra de um “papagaio de pirata”, que na defesa dos interesses do Estado, é uma peça inútil no Senado.
 
A comissão está aí. Vamos aguardar fevereiro chegar, quando será apontado o novo presidente do colegiado, para ver o que vai acontecer. Fica a expectativa de que o bom senso prevaleça e a comissão retorne aos trilhos e a sua verdadeira vocação, ou seja, promover ações para minimizar agressões a minorias sociais carentes de defesa. Que venha 2014 – Em tempo, dentro do possível, um feliz ano novo Espírito Santo

 


Luiz Felipe Rocha da Palma (Phil Palma) é publicitário. Nas “horas vagas” (às quartas) comanda o programa “Praia do Phil” pela Rádio Universitária FM, onde defende os LGBTs e denuncia a homofobia. Fale com o autor: [email protected]

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