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Amar é ou deixou de ser?

Não há peso nem medida para medir o amor, seja de ontem ou de hoje

Apesar da idade avançada, o namoro não cai de moda, não fica obsoleto, e vem com tudo nesse final de semana. Flores, chocolate, presentes, música romântica, cartões com mensagens cifradas – no dia dos namorados, o amor enaltece e se fortalece. Se não dá para ir a um restaurante, a pizzaria da esquina resolve. Ou pede por telefone. Um filme romântico na TV, um vinho, algumas flores … Nada é obrigatório: havendo amor, basta um carinho.

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Nem todo namoro dá em casamento, nem todo casamento começa com um namoro, mas ninguém pensou ainda em eliminar essa preliminar do embate amoroso. Impeachment amoroso? Dirão os políticos. Aquecimento para melhor desempenho, dirão os desportistas. Entra epidemia, sai pandemia, e os felizardos flechados por Cupido acham tempo e hora para um namorico. Isso desde o tempo do namoro no portão – um de dentro outro de fora.

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Tempos árduos, com as vizinhas vigiando por trás das cortinas, e o pai de olho no relógio: hora marcada no despertador. Cuidado, menina! Pegar na mão era um grande avanço, sentar na última fila do cinema já indicava compromisso. Namoro hoje mudou de nome, é ficar, pré-casamento é coabitar, que ninguém perde tempo com entremeios. Duram mais os casamentos da modernidade? Não há peso nem medida para medir o amor, seja de ontem ou de hoje.

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Quem não leu, se apaixonou ou se encantou com o cartoon “Love is”, que aparece em jornais e revistas mundo afora? Criado por Kim Grove, em 1970, as pequenas mensagens eram singelas declarações de amor ao futuro marido. Embora o casal já tenha falecido, a franquia continua viva – o filho mais velho herdou os direitos autorais. O simpático casalzinho apaixonado – antes nus, depois vestidos – continua encantando milhares de fãs e se tornou o símbolo do amor moderno.

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Amar é um tipo de céu, porém melhor. Amar é música no ar. Nos namoros antigos, a música era obrigatória, reverenciada pelo resto da vida. A escolha da música, no entanto, era complicada. Muitos namoros promissores acabaram na primeira instância por causa desse pequeno dilema – qual música vai ser o tema do nosso amor eterno? Ela queria Orlando Silva, ele queria Carlos Galhardo. E tudo acabou na quarta-feira. Amar é – Querer dar a ela o mundo e as estrelas. Não sendo possível, basta um olhar que diz tudo, um carinho disfarçado em um simples tocar de mãos.


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