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Arranjos numéricos

 
Como era de se esperar, o Instituto Futura voltou à cena para garantir o “já ganhou” do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), com a pesquisa publicada neste domingo (21) em A Gazeta. São 18 pontos de Hartung sobre Casagrande, uma distância suficiente para desencorajar os indecisos (35%) a tomarem outro rumo eleitoral que não seja o do ex-governador. A manobra teria absoluto êxito, caso fosse um outro instituto que não o Futura, desacreditado pela sequências de golpes quem vem dando nas eleições no Espírito Santo, sempre em favor do interesses eleitorais de Hartung. Só que esses seus 18% de agora esbarram na pesquisa Enquet-ATribuna, do mesmo período, registrando uma diferença de 14%. Sendo que, enquanto a Enquet ouviu 2.350 eleitores, a Futura ouviu apenas 802. Se forem subtraídos os votos de Roberto Carlos (PT), Camila (PSOL), Mauro Silva (PCB), algo em torno de 4%, os 14% viram 10%, que não garantem qualquer vitória antecipada. Pelo contrário, dão conta de que ainda tem muita água para passar por debaixo da ponte.
 
Senado
Embora a deputada Rose de Freitas (PMDB) figure como a favorita nas últimas pesquisas para o Senado, essa é ainda uma eleição indefinida, por duas situações: o alto número de indecisos e as posições da Rose, do Neucimar Fraga (PV) e do João Coser (PT), com curtas distâncias de um para o outro, o que não dá ainda espaço para apontar o favorito.  
 
Senado II  

 

A escala da Rose vem sendo ascendente, como também é o caso do Neucimar Fraga, descontando ele ter entrado na disputa bem depois dos outros. Entre os três, o que oscila é o Coser, por ter construído uma candidatura com relações partidárias promíscuas, como fez com Hartung.  
 
Senado III 

 

Coser errou quando subestimou as possibilidades eleitorais da Rose de Freitas. O que o levou a fazer a tal da aliança clandestina com o ex-governador Paulo Hartung.  
 
Senado IV 

 

Paulo Hartung também subestimou a Rose, deixando-a de inicio fora da sua companhia, muito embora fossem do mesmo partido. Se há uma candidata que constrói uma boa candidatura, às suas próprias custas, é Rose. E até em matéria de recurso, ela foi buscar a grana por conta própria. E dinheiro é o que não falta na sua campanha.  
 
E Magno? 

 

Rodou o toco e não saiu dele, apesar do seu peso eleitoral. Podia ter sido um fator de decisão, como foi em outras eleições. A sua ausência vai diminuí-lo de tamanho. O seu partido, o PR, virou nanico. E o futuro do senador ficou sem horizonte.
 
Corrida
Eleição apertada vai ser a de deputado estadual. Mas já tem candidatos eleitos que hoje se esmeram para obter votações recordes, como o caso do ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PMDB) e o atual deputado estadual Josias da Vitória (PDT).
 
PENSAMENTO:
“Sempre lutei do lado certo e perdi todas as batalhas”. Plínio de Arruda Sampaio

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