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Balde deágua fria

Custou caro para o vereador de Vitória, Serjão Magalhães (PSB), reivindicar para si o título de “defensor do meio ambiente” apenas por oportunismo. A postura do socialista em criar condições para ser reconhecido como principal nome do combate à poluição do ar, mas pouco tempo depois se omitir, e ainda levar dinheiro das principais poluidoras Vale e ArcelorMittal na sua campanha derrotada à Assembleia Legislativa, não passou batido nem pela sociedade civil organizada, nem pelos próprios colegas de plenário, como sinalizam os bastidores políticos. O desenrolar do processo mostra que Serjão articulou tudo de acordo com sua conveniência para sair bem na foto. Mas foi engolido na sessão dessa terça-feira (10) que – sim – aprovou seu projeto que estabelece novos padrões da qualidade do ar na Capital, porém, como anexo a uma lei já existente desde 2011, originada de projeto de autoria do presidente da Casa, Namy Chequer (PCdoB). Como o assunto é a bola da vez, tudo que Serjão esperava era aproveitar o momento para sair como herói e “limpar sua barra”. O script, no entanto, não saiu como planejado e ele foi obrigado a dividir os louros da discussão. A incoerência do vereador foi um tiro no próprio pé.

Segue…

Embora Serjão busque justificativas no que considera perseguição política, os discursos acalorados dos vereadores durante a sessão revelaram outras coisitas mais nessa polêmica. Ainda tem assunto pra render.

Blindagem

Resta saber, agora, qual será a postura do prefeito Luciano Rezende (PPS), que é omisso na questão. Assim como o ex-prefeito João Coser (PT), Luciano não chamou à responsabilidade as poluidoras com base na legislação já existente, muito menos tomou como iniciativa de sua gestão alguma outra providência para reduzir a poluição do ar. Quero só ver.

Estaca zero

Sem entrar no mérito de cada projeto, sobram argumentos, de todos os lados, de que há inconstitucionalidade nas matérias. Um prato cheio para a Vale e ArcelorMittal.

Oposto

A mudança de lado de Serjão ressalta o contexto diferente que ocorre na Assembleia Legislativa em relação ao deputado estadual Gilsinho Lopes (PR). O republicano, pelo contrário, manteve seu posicionamento e bandeira desde o início das discussões sobre a poluição do ar.

Vale nada

A propósito, quem vê a insistência da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia em direcionar a investigação da CPI do Pó Preto, pensa até que ela tem alguma credibilidade. Nunca tratou nenhum problema ambiental do Estado com superficialidade, muito menos com seriedade. Só muda o comandante, o rabo preso com as poluidoras e a omissão permanecem intactos.

Sei…

O governador Paulo Hartung se junta ao aliado prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM) na tarde desta quarta-feira (11), em reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal das Águas (GGIM). Sabe como é, de uns tempos para cá, Hartung virou o político superengajado nas causas ambientais. Só que não.

Pior que está…

O deputado estadual Da Vitória (PDT) criticou, no Facebook, a “economia nociva à segurança pública” anunciada pelo governo Hartung no jornal A Gazeta. Está coberto de razão. Retirar das ruas viaturas policiais, para economizar gasolina, enquanto a população acompanha a escalada da violência, é uma irresponsabilidade sem tamanho. Quanto vale a vida?

Bandeira

Em encontro na manhã desta quarta-feira (11), a bancada feminina do Senado elegeu como tema prioritário deste ano a reforma política. A intenção das 14 senadoras, entre elas Rose de Freitas (PMDB), é garantir a participação feminina na política entre 25% e 50%. O índice hoje é de 16% na Casa.

140 toques

“Minha solidariedade aos mortos na explosão do navio petroleiro e a suas famílias”. (Ex-deputada federal Iriny Lopes – PT – no Twitter).

PENSAMENTO:

“É o escândalo público que ofende; pecar em segredo não é pecado algum”. Moliére

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