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Bolsonaro se sustenta na mentira

Inverdades tentam esconder fatos como 2 milhões de famílias que caíram na pobreza extrema 

Sem ter outra coisa do que fazer além de esconder-se em montanhas de mentiras para se segurar no cargo, Jair Bolsonaro inicia as comemorações dos mil dias do seu governo (?) nesta quarta-feira (29), participando da entrega de pífios – é isso mesmo – 5,4 quilômetros de duplicação da BR-116 e mais 5 quilômetros da BR-101, em Teixeira de Freitas, na Bahia.

O reduzido volume de obras diz bem do retrocesso contabilizado nestes quase três anos de gestão, causa do derretimento de sua aprovação, como revela pesquisa do Datafolha, com dados que mostram também o desejo de impeachment de 23% dos que o elegeram. Um quadro na medida para as manifestações deste sábado (2), com a participação não apenas de movimentos da esquerda progressista, mas também de bolsonaristas arrependidos, um bloco que só aumenta.

Motivo há de sobra, o mais cruel revelado nesta semana: cerca de dois milhões de famílias brasileiras caíram na linha da extrema pobreza no período de janeiro de 2019 e junho deste ano, de acordo com dados do Cadastro Único do governo federal, o CadÚnico, que mostra o aumento mês a mês de pessoas na miséria desde 2020.

Não pode ficar fora da lista de atrocidades da gestão, a experiência macabra por meio de distribuição maciça do KitCovid nos estados, na lógica do método de imunidade do rebanho, apontado na CPI da Covid, em meio a suspeitas de corrupção, como uma das causas de milhares de mortes da pandemia, entre as 594 mil contabilizadas até esse domingo (26).

Todas as regiões do País receberam essas doações, sempre transformadas em capital político-eleitoral com intensa divulgação, mesmo sem nenhuma comprovação científica da eficácia. O Espírito Santo não foi exceção. Por aqui teve muito movimento, com fotos em redes sociais, espaços na mídia, outdoors, prefeituras, médicos, religiosos, casas legislativas, muita gente envolvida puxada pelo bolsonarismo raiz, daquele tipo do cercadinho do Alvorada, em Brasília.

Atado à elite do capital financeiro, que tirou Dilma Rousseff para se apossar do nosso petróleo, o presidente segue as regras estabelecidas. Para manipular a população, mente e imprime denominações lustrosas como forma de dourar a pílula, na tentativa de apagar o amargor. 

Assim, a propalada crise hídrica vira justificativa para a criminosa privatização da Eletrobras; o ICMS cobrado nos estados, sem aumento nos valores há anos, passa a vilão para explicar os asfixiantes preços dos combustíveis fixados com base no dólar, só para ficar nas mais recentes invencionices. Não pode deixar de ser lembrado o festival de conversa fiada – ô vergonha -, levado ao mundo por meio do discurso na ONU.

Pela fala presidencial nos Estados Unidos, ficamos sabendo, por exemplo, que ao sair do comando de Michel Temer, em 2019, o Brasil estava à beira do socialismo e também dos “empréstimos sem garantia a países comunistas”.
Mentiras que fizeram o mundo corar de vergonha e protestos, mas, internamente, levanta a turba bolsonarista desinformada, com a mente em estagnação mental, sem conseguir olhar além daquilo que lhe ensinam como verdade. É como se vivessem na década de 40 do século passado. Seguem o discurso da desinformação e não se dão conta de que são peças de uma arquitetura poderosa de escravização. 

A Bíblia diz que o diabo “quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira”. Esse é apenas um entre centenas de versículos com o mesmo teor, de um contexto que passa batido pelos seguidores do presidente, enganados ou movidos por outros interesses, geralmente financeiros.

Desse grupo não escapam os chamados pastores, bispos, apóstolos e outros títulos pomposos pelos quais atendem falsos profetas irmanados com Bolsonaro em atos autoritários, muitos com cargos legislativos, que incluem até mesmo golpe de Estado, tortura e barbárie, condenadas por Cristo.

Apesar de se apresentarem como cristãos, expressam um autoritarismo ausente na verdadeira igreja, que é um exemplo de democracia desde os seus primórdios. Há mais de dois mil anos, a igreja primitiva não praticava ou dava incentivos a conspirações e golpes de Estado. 

A democracia, com justiça social, sempre esteve presente no dia a dia daquele povo. Seus dirigentes, presbíteros, diáconos, eram escolhidos pelo voto direto da comunidade, que abominava toda espécie de ditadura, diferentemente dos que hoje falam em nome de Deus, como Bolsonaro, sem estarem investidos de qualquer autoridade. Tudo mentira, parte de procedimento maligno que destrói o Brasil.

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