quarta-feira, fevereiro 5, 2025
24.9 C
Vitória
quarta-feira, fevereiro 5, 2025
quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Leia Também:

Cidadãos ilustres

Em 2010, a Assembleia Legislativa concedeu título de cidadão espírito-santense ao “empresário-social” Gerardo Mondragón. Dois anos depois, o colombiano foi preso na Operação Pixote, acusado de um esquema de corrupção no Iases. Em 2010, porém, e até pouco tempo antes de sua prisão, ele circulava como uma autoridade no Estado.
 
Se fosse fazer um pente fino na lista de homenageados da Casa com comendas, medalhas, títulos, placas e diplomas, talvez encontrássemos muitos casos complicados. Gente que foi recebida com pompa e cerimônia e hoje não é bem-vinda nem para um cafezinho. Mas isso não se limita à Assembleia. 
 
O prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), que mal chegou à cadeira de prefeito e já quer voar para o planalto foi homenageado com o título de cidadão canela verde em um evento glorioso promovido pela Câmara de Vila Velha. Doria é o mesmo que quer distribuir “ração” para a população pobre do município que não tem “hábitos alimentares”. 
 
Em um plano diferente, mas também exagerado, o ex-governador Renato Casagrande foi homenageado com o prêmio Lúcio Costa, da Câmara dos Deputados, pelo trabalho de desenvolvimento urbano no Estado. O problema é que Casagrande apresentou projetos que não chegaram a sair da prancheta. Não há legado. Tudo bem que se seu sucessor não deu continuidade aos projetos, mas também não dá para homenagear por algo que, de fato, não aconteceu. Ou agora passaremos a homenagear “boas intenções”?
 
O fato é que em todos os níveis do legislativo há essa necessidade de conceder honrarias a cidadãos ilustres, o que na verdade acaba se transformando em uma forma eficiente dos legisladores agradarem seus eleitores, cabos eleitorais, formadores de opinião, indutores de votos. De prático e relevante mesmo, nada tem a oferecer ao conjunto da sociedade. 
 
Fragmentos:
 
1 –  A ida do deputado federal Alexandre Baldy para o Ministério das Cidades passou a ideia de que seria de porteira fechada. Tanto que o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas permaneceu na secretaria de Desenvolvimento Urbano. Mas a gulodice do PMDB por cargos pode por em risco essa estabilidade.
 
2 – O entendimento dos peemedebistas, o PP já conseguiu o que queria com a ascensão do deputado Sandes Júnior (PP-TO) para o lugar de Baldy, por isso poderiam mexer em toda a estrutura do Ministério das Cidades, fatiando as secretarias. 
 
3 – Isso pode acelerar a movimentação pós-convenção estadual de desfiliação de algumas lideranças, entre elas, o próprio Luiz Paulo, que integrou a chapa contraria à de Max Filho na disputa com César Colnago pelo comando do PSDB capixaba.

Mais Lidas