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Dança do acasalamento

A primavera é a estação do ano em que florescem novos amores. Na natureza os animais iniciam a procura por parceiros para procriar. No mundo político, a estação chega junto com as movimentações para as trocas de partidos. Não deixa de ser a procura por novos parceiros, para aproximação e, quem sabe, uma migração para uma nova sigla. 
 
Mas assim como na natureza, esse processo envolve uma escolha que depende de muitos fatores. A procura em ambos os casos é pelos parceiros mais fortes, com mais capacidade de gerar crias saudáveis e produtivas. Neste sentido, os parceiros mais frágeis ou que saíram perdendo de batalhas eleitorais podem atrair menos parceiros e vê-los de mãos dadas com um mais forte. 
 
Podemos identificar alguns “patinhos feios” nesse processo no Estado. O PSB, que saiu derrotado da eleição passada na disputa pelo governo do Estado, deve sofrer uma grande baixa em seus quadros, sobretudo em relação aos prefeitos, que vão buscar siglas fortes para a disputa de 2016. 
 
O PT vai na mesma linha, dada a crise que envolve o governo federal. Quem também está enfraquecido é o PR, do senador Magno Malta, uma desidratação que ele vem acompanhando desde a eleição de 2014.
 
Por outro lado, partidos em alta devem ser considerados os alvos dos olhares dos pretendentes. O PMDB de Paulo Hartung é um caso à parte. Embora o partido esteja no governo, Hartung estaria de saída, assim como o senador Ricardo Ferraço, por isso, o partido pode perder muito de seu peso. 
 
Quem ganha é o PSDB, que deve ser o destino dessas lideranças e muita gente já está se exibindo na vitrine para tentar ingressar no partido. E suas grandes lideranças locais, o vice-governador César Colnago e o deputado federal Max Filho, disputam para ver quem consegue atrair mais novos filiados. 
 
Os partidos novos também têm seu atrativo, como o Rede Sustentabilidade que está prestes a nascer e o Partido Novo, que nasceu quietinho, mas já mostra que pode ganhar espaço com o discurso do “somos contra tudo que está aí”. 
 
Neste período, a expectativa é de que muitas aves busquem novos ninhos, mas se isso vai gerar bons frutos para a eleição do próximo ano, só as acomodações e os interesses das movimentações é que vai dizer em outubro do ano que vem. 
 
 
Fragmentos: 
 
1 – É estranho o senador Ricardo Ferraço (PMDB) criticar tanto a crise econômica e as medidas do governo federal para contê-la, afinal, ele foi um dos que mais elogiaram a ida de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda.
 
2 – No encontro do PTdoB de Cariacica, que lançou a pré-candidatura do vereador Messia Donato a prefeito, estiveram presentes outros postulantes ao cargo, como o deputado Marcelo Santos (PMDB) e o ex-presidente da Câmara Adilson Avelina (PSB).
 
3 – O Partido Novo se diz formado por cidadãos que não são políticos tradicionais, mas com a possibilidade de lideranças já conhecidas do cenário quererem se filiar, será que as portas serão fechadas?

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