A eleição ao Senado não tem despertado até aqui o interesse do eleitorado. Muita gente não sabe nem quem são os candidatos, muito menos o que faz um senador. E é justamente por esse afastamento do eleitor, aliando ao equilíbrio no capital político dos três principais nomes na corrida eleitoral – Rose de Freitas (PMDB), João Coser (PT) e Neucimar Fraga (PV) – que os candidatos estão se digladiando.
A batalha judicial, a guerra dos números das pesquisas e as movimentações de bastidores que envolvem a disputa transformaram a eleição ao Senado em uma das mais instigante. Faltando 12 dias para a eleição não é possível apontar quem será o vencedor da peleja.
Evidentemente o crescimento de Rose de Freitas, assumindo a dianteira da corrida eleitoral é um sinal de que ela tem mais fôlego que os outros, mas com uma disputa tão embolada, qualquer detalhe pode alterar o cenário de disputa.
João Coser liderava até aqui, mas a movimentação de Rose em suas bases surtiu efeito. Enquanto ele e Neucimar Fraga faziam comparações de suas gestões à frente da prefeitura de Vitória e Vila Velha, respectivamente, Rose recorreu às lideranças municipais, que sempre lhe garantiram a chegada nas eleições, mesmo com a campanha contrária de seu próprio companheiro de palanque, o candidato ao governo Paulo Hartung.
Rose ficou isolada, já que Neucimar estava no palanque de Renato Casagrande e Paulo Hartung fez aliança clandestina com João Coser. Mas a deputada superou sua dificuldade com a estratégia que sempre lhe socorreu nas eleições passadas.
A ideia de que Rose longe de Brasília fecha as portas dos recursos para os municípios tem sido difundida pelas lideranças políticas. Daí o crescimento da deputada federal, que se destaca no socorro às prefeituras. Isso tem amedrontando lideranças que estão em campo em favor da candidata. Se isso será suficiente para distanciá-la dos demais, não dá para saber.
A situação é muito instável e Rose agora está sob ataque dos adversários. Como boa parte dos eleitores segue indecisa em relação ao candidato que vai representar o Estado no Senado. Por isso, a expectativa é de que a campanha pegue fogo nesta reta final.
Fragmentos:
1 – Nessa segunda-feira (22) o deputado Claudio Vereza (PT) fez mais um da série de pronunciamentos que vem fazendo de despedida da Assembleia. Depois de seis mandatos na Casa o petista vai se aposentar.
2 – O período eleitoral, com os deputados estaduais correndo atrás de votos, o campo fica livre para o petista fazer sua despedida com calma. Pena que o quórum para que os colegas ouçam seu discurso vem caindo dramaticamente.
3 – Tem gente apostando que 18 deputados retornam para cumprir o mandato a partir de 2015. Será?