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Devo, nego…

 
Por mais esta o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) não esperava. Pelo menos não agora, a dois dias das eleições de domingo (3). A conceituada colunista da Folha de S.Paulo, Monica Bergamo, publicou nesta sexta-feira (3), com o título “Sem acordo”, que Hartung terá que dar explicações na Justiça do Trabalho. Ela relata que a marqueteira Bete Rodrigues e mais 12 profissionais que prestavam serviços para o ex-governador entraram com ações judiciais contra o ex-governador, após serem dispensados às vésperas do início da propaganda eleitoral, em agosto. “Não recebi nem um real pelo período de junho a agosto”, disse Bete à colunista. A primeira audiência do caso foi marcada para o próximo dia 16 de outubro e a dívida acumulada está estimada em R$ 1,3 milhão. À jornalista da Folha de S. Paulo, o PMDB disse, em nota, que “chegou a entabular conversas” com o grupo, mas não houve consenso sobre o preço e objeto da contratação, por isso, optou por outra equipe. Bete, no entanto, garantiu que está “segura das reivindicações”. Não sei o que é pior: o calote ou a justificativa. Quem no Espírito Santo não sabia que Bete Rodrigues era a marqueteira da campanha de Hartung?
 
Rasteira
A substituição, em plena campanha eleitoral, surpreendeu o mercado político e foi tema de matérias na imprensa local. Foi aí que entrou no circuito o consultor político Jorge Oliveira.
 
Pesado
Na época, inclusive, havia um temor do grupo de Hartung de que Bete funcionasse como “mulher-bomba” das eleições. Não só porque o conhece muito bem, mas pela jogada. Não satisfeito em dispensá-la, Hartung ainda tentou transferir para Bete a responsabilidade pela mudança, lançando a ideia de que estava insatisfeito com os serviços prestados. A reação está aí.
 
Haja carta!
Por falar em Hartung, o ex-governador demorou 54 dias para pensar numa estratégia no caso das viagens da ex-primeira dama, Cristina Gomes, feitas nos finais de semana, com dinheiro público. Virou o homem das cartas. Que conversinha…
 
Haja carta II!
A primeira denúncia foi feita em 11 de agosto. Imagina o tanto de cartas que o ex-governador não deve ter pedido por aí. Até agora, arrumou duas neste caso, como divulgou A Gazeta nesta sexta, do curador Paulo Herkenhoff e do então ministro da Cultura, Juca Ferreira, que teria recebido Cristina em Brasília – detalhe: Brasília nem era destino das viagens denunciadas, e sim Rio de Janeiro e São Paulo. 
 
Haja carta III!
Sobre o Posto Fantasma, anunciou que também já arrumou uma, a “carta da Araribóia”. Agora faltam as cartas da mansão em Pedra Azul, da empresa familiar e da Éconos. Já pode até abrir uma sociedade com os Correios. 
 
Inspiração
A arquitetura da mansão secreta do ex-governador, aliás, lembra uma das casas mais famosas no mundo, a residência Farnsworth ou casa de vidro de Mies Van der Rohe, localizada na cidade de Plano, Illinois, nos EUA. Tão famosa, que virou Lego, olha aí. 

 
Números
A equipe de campanha do governador Renato Casagrande está nas ruas nesta sexta-feira (3) distribuindo panfleto que compara o seu governo com de Hartung. O ex-governador resolveu fazer o mesmo. Dias decisivos.
 
Mal na foto
O deputado federal Camilo Cola (PMDB) está na lista da ONG Transparência Brasil divulgada pela Carta Capital de candidatos financiados por empresas onde foram flagrados casos de trabalho escravo ou são donos de empresas que submeteram trabalhadores a esta situação. Ele é dono do Complexo Agroindustrial Pindobas Ltda, em Conceição do Castelo, sul do Estado, incluído na Lista Suja do Ministério do Trabalho. 
 
Nas redes
“Mineradoras avançam sobre territórios de comunidades tradicionais. Essas empresas investiram, no ES, nos candidatos ao Senado pelo PT, PMDB e PV, na espera de que a eventual vitória de qualquer deles seus interesses sejam defendidos no Congresso Nacional”. (André Moreira – no Facebook)
 
PENSAMENTO:
“Quem não aguenta o trote não monta o burro”. Getúlio Varga

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