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E o sindicato?

Em vários estados do Brasil, inclusive, no Espírito Santo, a população foi às ruas e promoveu o maior movimento popular dos últimos 20 anos, desde o Fora Collor. O movimento é apartidário e antipartidário, dadas as ocupações das instituições políticas do Brasil.

Mesmo com 300 mil pessoas nas ruas, cerca de 30 mil no Estado, uma ausência foi sentida pela coluna. Onde estava o movimento sindical nesse momento tão representativo para a sociedade brasileira e capixaba? Um movimento que surgiu justamente desse calor das ruas não se pode furtar nesta hora.

Uma característica muito clara desse mar de pessoas que foram às ruas é a pauta difusa. A impressão é que os manifestantes não têm um foco em sua pauta de reivindicações. O movimento parece não saber o que quer, mas sabe muito bem o que não quer. E aí deveria entrar o movimento sindical, deveria ocupar esse espaço.

O sindicato, por sua formação, tem condições de condensar essa pauta de reivindicação e dar um rumo ao movimento. Uma força política muito forte está se levantando no Brasil, mas é preciso orientação, organização ou corremos o risco de esse movimento não alcançar qualquer propósito. O movimento caminha para a anarquia e violência. Confronto pelo confronto sem uma diretriz.

E mais, já vemos a tentativa de apropriação desse movimento pelos interesses políticos que antecipam as disputas eleitorais de 2014.  É hora de o sindicato assumir seu papel mobilizador para impedir que essa onda de manifestações se transforme em massa de manobra.

Enquanto os sindicatos e as centrais estão fazendo manobras para se manter no poder, o povo está fazendo o papel que deveria ser do movimento sindical. Se o movimento popular está mostrando a falência da política partidária e institucional, ou o movimento sindical ocupa junto as ruas ou vai sucumbir junto com partidos, governos e lideranças políticas.

Acorda movimento!

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