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Efeito Rita

Na coluna dessa quarta-feira (24) falava sobre a diferença entre o ataque pessoal e as discussões que envolvem interesse público. O episódio da guerra de acusações entre os candidatos ao Senado é um exemplo de como a campanha pode caminhar para um lado nada interessante para população.
 
A “acusação” do PT capixaba de que a deputada federal Rose de Freitas (PMDB) seria “meio-bruxa” é sem nexo. Uma tentativa de criar um factoide desestabilizando a campanha da peemedebista que está em ascensão na disputa ao Senado, enquanto o candidato petista João Coser vem na descendente.
 
A discussão religiosa, partindo do PT, deixa perplexo quem conhece a história do partido. Preconceito religioso não combina com o partido. Rose pensa em mover ação criminal contra o adversário e o argumento da peemedebista é válido. A eleição passa, mas sua imagem pode ter prejuízos permanentes. 
 
Exemplo disso é a ex-deputada federal Rita Camata (PSDB), que na campanha pela prefeitura de Vitória, em 1996 saiu derrotada da disputa contra o hoje correligionário Luiz Paulo Vellozo Lucas por causa de uma distorção de seu trabalho no Congresso como relatora do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
 
Esse pleito foi há 18 anos e até hoje a ex-parlamentar sofre com a pecha de “mãe dos delinquentes”, chegou-se a afirmar à época que Rita abrigava “marginais” em sua casa. Os ataques do PT podem ter repercussões permanentes na imagem da deputada federal. Mais do que qualquer acusação de corrupção ou improbidade, afirmações sobre posturas pessoais acabam se difundindo mais facilmente de boca a boca. 
 
Esse episódio afasta ainda mais o eleitor da disputa pelo Senado. Se com propostas os candidatos não estavam chamando a atenção do eleitor, imagina com ataques pessoais. Quem pode se dar bem nessa história é Neucimar Fraga (PV), que enquanto seus adversários ficam nessa briga sem sentido, continua correndo o Estado em busca de votos. 
 
Fragmentos:
 
1 – Na reta final da campanha, os candidatos reclamam da falta de dinheiro. Esperava-se que após a segunda prestação de contas parcial as verbas dos doadores chegassem, mas não chegaram. 
 
2 – Enquanto tem candidato que está arrancando os cabelos para buscar os votos dos indecisos, têm outros que já estão passando o terno da posse. Mas pode surgir surpresas na reta final. 
 
3 –  A eleição chega em seus 10 últimos dias com a expectativa de que os candidatos peguem o fôlego final para fazer chegada. Neste momento tão crucial para a disputa no Estado, tudo pode acontecer. 

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