O deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) é conhecido por sempre se posicionar nas sessões da Assembleia Legislativa. Não foi diferente nessa terça-feira (11), na extraordinária que aprovou o uso pelos prefeitos de até 60% dos recursos estaduais repassados pelo Fundo para Redução das Desigualdades Regionais, provenientes dos royalties de petróleo e gás natural. Majeski foi várias vezes ao microfone defender suas emendas e criticar não os prefeitos, mas sim a convocação obrigatória de todos eles pelo presidente da Casa, Erick Musso (PMDB). A iniciativa, incomum, evidenciou o caráter político da medida. E, de fato, foi uma ação política, sem o tal debate de que tanto se falou para justificar o comparecimento em massa dos 67 (dos 78) gestores municipais na Casa. Único a votar contra a proposta e atrapalhar os discursos ensaiados da Mesa Diretora, governo Paulo Hartung (PMDB) e Associação dos Municípios do Estado (Amunes), Majeski acabou virando alvo no final da festa. Primeiro de Enivaldo dos Anjos (PSD), em tom mais duro, seguido de Sandro Locutor (Pros), que aproveitaram a plateia para tentar “fritar” Majeski com os prefeitos. Só que, ao contrário do que se planejou nessa estratégia entre poderes, os efeitos para fora da Casa não foram positivos e teve até prefeito insatisfeito com o estardalhaço. Se alguém saiu desgastado, não parece ter sido o deputado tucano, viu?!
Não engoliu
Aliás, Majeski respondeu a Enivaldo no mesmo tom. O deputado acusou-o de mentiroso.
2018
Fora os incômodos que o tucano causa à Mesa Diretora e ao governo Hartung na Assembleia, tem também a questão eleitoral. Majeski é considerado nome forte para uma candidatura no próximo ano e sobra quem queira eliminá-lo. Tudo ligado.
Mais do mesmo
A propósito, e esses assédios de Hartung ao prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), hein?
Mais do mesmo II
Candidato ao governo para dar sustentação à candidatura à Presidência da República de Marina Silva? Majeski na Rede para disputar o Senado? Sei não…
Ferração
O episódio dessa segunda-feira (10) de Os Dias eram Assim, da Globo, mostrou o voto do então deputado federal Theodorico Ferraço (DEM) no Congresso pelas Diretas Já. O atual deputado estadual e ex-presidente da Assembleia também discursou, naquela época, no Comício da Candelária, que marcou o início do processo de redemocratização do País após o comando dos militares. Essas e outras histórias, além de fatos atuais da política, estão na entrevista concedida por Theodorico a Século Diário, que vai ao ar no próximo sábado (15). Imperdível!
Trajetória
Quem gostou foi a deputada federal Normal Ayub (DEM), mulher de Theodorico. Ela exibiu orgulhosa nas redes sociais a imagem do voto exibida na série, com texto lembrando a participação de Theodorico no movimento. O deputado, claro, também não deixou passar e fez o mesmo em seu perfil.
Pé da vida
O deputado estadual Da Vitória (PDT) assumiu a linha de crítica ao governo Hartung tem tempo. Mas tirar do sério mesmo, só quando mexe com a PM. Olha o que falou sobre o projeto do executivo para acabar com a promoção dos praças combatentes. “O sadismo do governador com o Policial Militar parece não ter fim […] Paulo Hartung parece aquele menino que brinca de queimar a formiga com uma lupa. A diferença que a formiga na brincadeira dele é o Policial Militar. Mas, assim como a formiga aguenta 30 vezes seu próprio peso, o PM também tem sua força”.
‘Tá’ que ‘tá’
O prefeito de Colatina, Sérgio Meneguelli (PMDB), está novamente em Brasília nesta quarta-feira (12) para mais reuniões com ministro e parlamentares da bancada capixaba – senadora Rose de Freitas (PMDB) e deputados federais Paulo Foletto (PSB) e Lelo Coimbra (PMDB). Desta vez, levou junto a vereadora Audréya Mota França Bravo (SD). Não tem muito tempo, Meneguelli passou dias por lá. Está bem de articulação, hein?
140 toques
“As reformas são necessárias para reduzirem concentração de riqueza. Quando desequilibram as relações de trabalho causarão efeito inverso”. (Ex-governador Renato Casagrande – PSB – no Twitter).
PENSAMENTO:
Para a nossa avareza, o muito é pouco; para a nossa necessidade, o pouco é muito”. Sêneca