Se o deputado estadual Sergio Majeski deixar o PSDB e decidir empreender um projeto de candidatura majoritária na eleição de 2018, o primeiro a entrar nessa barca junto com ele será o ex-prefeito de Vitória e atual secretário nacional de Desenvolvimento Urbano, Luiz Paulo Vellozo Lucas. A movimentação abrirá o período de revoada tucana já tão comentado nos bastidores, tendo em Luiz Paulo, provavelmente, a liderança mais representativa a acompanhar Majeski numa nova empreitada partidária e política. O próprio Luiz Paulo é categórico em relação a isso e, neste caso, deverá agregar outros insatisfeitos do PSDB. Principal defensor no partido de uma candidatura de Majeski ao governo do Estado em 2018, Luiz Paulo também ficou numa situação ainda mais complicada após a vitória à presidência do vice-governador, César Colnago, que alinha a legenda aos interesses do governador Paulo Hartung, a que tanto se opôs. Apesar da companhia de peso, porém, o problema de Majeski continua sendo o dilema sobre o futuro “abrigo”. Um partido em que ele possa manter seu posicionamento de oposição ao governador, sem virar presa fácil, e ainda abrigar outras forças, como o próprio Luiz Paulo. Existe?
Tudo certo, nada resolvido
Como citei dias atrás, Majeski recebeu propostas da Rede, de Audifax Barcelos, que cada hora sinaliza para um lado. Do PPS, de Luciano Rezende, que está na rota de Hartung com a chapa presidencial vendida na imprensa – ele na vice e o apresentador Luciano Huck na cabeça. Do PV, que, sem Cidinéia Fontana, tende a ir para o lado palaciano. E do PSB, de Renato Casagrande, que ainda não mostrou sua carta do jogo.
Campo inimigo
Aliás, o supersecretário de Vitória, Fabrício Gandini (PPS), exagerou ao comentar o convite de Huck a Hartung, que declarou ao jornal A Gazeta como “algo fantástico”. PPS, onde Huck já colocou o pé, é comandado no Estado pelo prefeito de Vitória, Luciano Rezende, adversário do governador, chefe e aliado de primeira linha de Gandini.
Chapa dos 'sonhos'
Por falar em chapa presidencial, o que dizer do convite do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ao senador Magno Malta (PR), para ser seu vice na disputa à Presidência da República em 2018? Quando você acha que não tem como piorar…
Recuo
A propósito, Magno apresentou requerimento, nessa segunda, para tirar de tramitação o seu projeto “escola sem partido” (PLS 193/2016)! Ele só não explicou, até agora, o motivo de abrir mão de mais uma bandeira que é a “cara” do seu mandato. No último dia oito, a Comissão de Educação emitiu parecer pela rejeição do projeto, em caráter definitivo. Pelo visto, Malta quis evitar uma derrota mais chamativa.
'Bolo' coletivo
Está difícil para o deputado estadual Bruno Lamas (PSB). Primeiro, chamou à Assembleia o prefeito de Cachoeiro e correligionário, Victor Coelho, para apresentar um projeto municipal. Ele não foi. Agora, precisou cancelar o Grande Expediente da sessão desta quarta-feira (22), que seria destinado aos prefeitos da região metropolitana, para que apresentassem suas prioridades e obras estruturais necessárias. Lamas está sem moral?
'Bolo' coletivo II
O “chamado” desta quarta era para os prefeitos de Vitória, Luciano Rezende (PPS); de Vila Velha, Max Filho (PSDB); da Serra, Audifax Barcelos (Rede); de Cariacica, Juninho (PPS); de Viana, Gilson Daniel (PV); de Fundão, Joilson Rocha Nunes (PDT); e de Guarapari, Edson Magalhães (DEM).
Reação em cadeia
Enquanto o prefeito de Linhares, Guerino Zanon (PMDB), estava na Alemanha em agenda oficial, a Câmara de Vereadores aprovava as contas do ex-prefeito e adversário José Carlos Elias (PTB), referentes a 2007, contrariando parecer prévio do Tribunal de Contas (TCE). Além do placar folgado, 11 x 1, ainda teve vereador jogando confete em Elias. Sessão ocorreu nessa segunda, véspera do retorno de Guerino.
Reação em cadeia II
Nos bastidores, os comentários são de que alguns vereadores se comprometeram a votar contra a aprovação das contas, mas deixaram Estéfano Silote (PHS) em carreira solo. Ele foi o único a fazer coro ao relatório do TCE. Pra você ver, como está a relação executivo versus legislativo por lá.
Prateado
O Tribunal de Justiça do Estado (TJES) recebeu a categoria prata no Selo Justiça em Números, que é conferido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aos tribunais que melhor atenderam às normas de transparência. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-17) ficaram com o selo ouro. Ao todo são quatro categorias: além das duas, tem diamante, a melhor, e bronze.
PENSAMENTO:
“O segredo da criatividade é saber como esconder as fontes”. Albert Einstein