Clássico mexicano é tão esdrúxulo, que consegue ser engraçado
Em um casarão estranho e horrível, o médico Eduardo vive com sua odiada esposa. Ela dá sinais de que não está feliz no casamento e suspeita muito do marido, mas ainda assim, acha impossível que ele seja radical o suficiente para querer matá-la.
A madrinha da esposa, que também é governanta da casa, alerta-a do seu destino fatalista vaticinado pelos espíritos malignos. Mesmo ciente da previsão, Elena confia em Eduardo, que consegue envenanar sua bebida à noite.
Pouco tempo depois do falecimento, Eduardo nem tenta fingir o luto e já apresenta sua nova namorada e futura noiva, Débora, para a governanta. Com ódio da traição, o fantasma de Elena começa a assombrar a casa. Eles suspeitam que seja alguma brincadeira ou que enlouqueceram.
A ciumenta Débora não abre mão do amor de Eduardo e prefere enfrentar a assombração do que fugir de casa. Elena, com seus poderes de bruxa, atea fogo em Débora, deixando-a monstruosa, e Eduardo ainda incrédulo não desanima e promete que vai conseguir recuperar seu rosto desfigurado. Dois cadáveres femininos desaparecem misteriosamente do cemitério, o detetive Gamboa se encarrega do estranho caso.
Como sempre aconcetece nos filmes de Cardona Jr, o protagonista é um homem de ciência racionalista, mas que é incapaz de enxergar um palmo diante do nariz, porque tanto a governanta quanto a ex-esposa são bruxas e praticam a magia na mesma casa em que o doutor vive e pratica a medicina. Eduardo é, sem dúvida, o maior culpado da história, mas por algum motivo oculto, Elena se vinga da atual mulher Débora e não do ex-marido.
O filme comete alguns erros básicos, como apresentar personagens importantes do meio para o final e não no início. No desfecho final, toma um rumo completamente doido, incluindo elementos aleatórios na trama.
Além do Mubi, O Espelho da Bruxa está disponível no DVD obras primas do terror: terror mexicano da Versátil Home Vídeo.