quarta-feira, fevereiro 5, 2025
31.9 C
Vitória
quarta-feira, fevereiro 5, 2025
quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Leia Também:

Muda Espírito Santo

Dois mil e dezessete servirá para se começar a conhecer as verdadeiras potencialidades eleitorais dos prefeitos eleitos para empregar na disputa ao governo em 2018. Como deverá ocorrer com os prefeitos dos três maiores colégios eleitorais: Max Filho(PSDB), em Vila Velha; Audifax Barcelos (Rede), na Serra; e Luciano Rezende (PPS), em Vitória.
 
Até como um exercício eleitoral à disputa seguinte para o governo, de 2020. Já que, na próxima (2018), o governador Paulo Hartung (PMDB), bem como o ex-governador Renato Casagrande (PSB), ainda devem dar as cartas.
 
Mas como em política nada está tão distante, que não possa estar perto, os encaixes e os desencaixes vão surgindo para dar sentido futuro. Alinhando, por exemplo, Luciano com Renato Casagrande; Colnago com Max Filho, dentro do escaninho eleitoral de PH; e Audifax, com o seu temperamento de atalhar, flutuando entre PH e Casagrande.
 
Fora desses três prefeitos, com influência clara nas eleições de 2018, não há porque não se admitir também um bom capital eleitoral do ex-prefeito da Serra e atual deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). Embora tenha saído de uma derrotada apertada pela prefeitura, Vidigal é presidente do seu partido e ligadíssimo ao senador Ricardo Ferraço (PSDB).
 
Feita essa escala de jogadores da eleição de 2018, vamos aos movimentos que estão sendo feito na busca deles. O mais visível e consistente é do senador Ricardo Ferraço. Apesar de simular de público uma aliança com o senador Magno Malta (PR) para juntos se reelegerem na próxima eleição, a direção que está dando agora ao seu projeto é muito mais pretensiosa: governo do Estado.
 
Assim, como quem quer recuperar o projeto original da unanimidade, que garantiu os governos de PH e de Casagrande, mas interrompeu-se por ocasião das últimas eleições, quando PH abateu Renato. A candidatura do Ricardo ao governo prevê as candidaturas do governador Paulo Hartung ao Senado, bem como a de Casagrande. Por entender que atende aos interesses, principalmente, do atual governador, e não deixa de representar uma chance de sobrevivência para Casagrande, escalado para tentar o governo outra vez.
 
Além disso, Renato junto com PH para o Senado alivia as lideranças interioranas que vivem o drama de voltar a ter que optar novamente entre um e outro, enquanto possam fazer uma dupla de candidatos ao Senado prazerosa. Andam reagindo bem quando consultados. Livram-no, principalmente, de um casamentos de PH com o senador Magno Malta (PR), que sempre foi, para grande parte, um estranho no ninho deles.
 
Não há dúvida alguma que mexe com muitos interesses. A começar por ter que convencer o vice-governador César Colnago (PSDB) a abrir mão de sua candidatura ao governo. Já que PH, saindo do governo, como manda a regra, os últimos oito meses dele serão do tucano. Um pulo para uma reeleição.
 
Deve-se considerar, ainda, que o Ricardo a vem construindo há muito. Com suas relações estabelecidas com Renato, Luciano Rezende, Sérgio Vidigal, etc.
 
O que pode evitá-la? De cara, o deputado Amaro Neto (SD) resolver, ou melhor, conseguir candidatar-se ao Senado. Estão segurando ele, principalmente os guardiões do governador intrometidos na vida política do Amaro, somado à sua insegurança partidária. Encontra-se num partido que o seu presidente (deputado federal Carlos Manato) tem preço: uma cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas.
 
Botar água nessa fervura, só se PH resolver dar um cavalo de pau nas eleições para o governo. Que o liberou para tal, desde quando desistiu de carregar os hartunguetes de nascença, trocando-os por novas figuras, como a atual secretaria do Tesouro Nacional e sua ex-secretária da Fazenda, Ana Paula Vescovi, e o seu secretário de Agricultura, Octaciano Neto. Até porque, se ele não se reinventar agora e pintar nas eleições de 2018 o equilíbrio das forças políticas, poderá ser esmagado.

Mais Lidas