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​O antissemitismo e o holocausto

A partir de 1941, começa o plano que será chamado de “Solução Final da Questão Judaica”

O holocausto atingiu a população judaica da Europa durante o regime nazista e de países do Eixo, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, e se consistiu na tentativa de eliminação dos judeus como um todo.

Com a ascensão de Adolf Hitler como chanceler em janeiro de 1933, o regime nazista, já de imediato, excluiu os judeus da vida econômica, política, cultural e social da Alemanha. E a pressão para a retirada dos judeus da Alemanha foi aumentando cada vez mais.

Durante a década de 1930, a Alemanha nazista empreendeu uma política externa agressiva, que culminou com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. A expansão territorial da Alemanha nazista se iniciou no biênio 1938-1939.

Este foi o período em que a Alemanha anexou Áustria, formando o Anschluss, além da área dos Sudetos, e as terras tchecas, até que a invasão da Polônia, no dia 1 º de setembro de 1939, deu início à Segunda Guerra Mundial.

Nos dois anos seguintes, os nazistas ocuparam partes ocidentais da União Soviética e formaram alianças com os governos da Itália, Hungria, Romênia e Bulgária. Foram criados também estados fantoches na Eslováquia e na Croácia.

Estes países, então, formaram o chamado Eixo, que ainda incluía o Japão, na Ásia. Em 1942, a Alemanha nazista já controlava a maior parte da Europa e partes do norte da África. Por sua vez, a política antissemita do regime ficava cada vez mais agressiva, gerando assassinatos em massa de judeus por toda a Europa.

A sequência de ocupações nazistas podem ser demonstradas desde quando a Alemanha derrotou e ocupou a Polônia, em setembro de 1939, passando pela ocupação da Dinamarca, em abril de 1940, da Noruega, em abril de 1940, da Bélgica, Holanda, Luxemburgo e França, em maio de 1940, e da Iugoslávia e da Grécia, em abril de 1941.

A queda nazista recebeu o primeiro sinal ao não conseguir derrotar a Grã-Bretanha, esta que se via protegida territorialmente pelo Canal da Mancha e militarmente pela Marinha Real.

Em 22 de junho de 1941, veio o maior erro de cálculo da máquina de guerra nazista, que foi a invasão da União Soviética sem, no entanto, conseguir derrotar o regime stalinista. A derrota nazista, então, se consumou, com a união entre a União Soviética, Estados Unidos e Grã-Bretanha, derrota que se deu, oficialmente, em maio de 1945.

No regime nazista, em territórios sob o seu controle, a perseguição aos judeus assumiu diferentes formas. Houve a discriminação legal sob leis antissemitas, como foram as Leis Raciais de Nuremberg, dentre outras leis discriminatórias. Além disso, a propaganda antissemita, com movimentos de boicote a empresas de propriedade de judeus, humilhações públicas, e ainda sinais diacríticos obrigatórios, como o uso de um crachá com a Estrela de Davi para quem fosse judeu.

A violência organizada também atingiu os judeus, como a Kristallnacht (Noite dos Vidros Quebrados), se somando a incidentes isolados e os motins sangrentos chamados de pogroms. Houve também emigrações forçadas, expulsões, reassentamentos, deportações e, por fim, a formação de guetos para isolar e estigmatizar os judeus.

A internação de judeus em guetos evoluiu para campos de concentração e de extermínio, com trabalho escravo e mortes por fome, doenças e pela eliminação nas câmaras de gás. Além disso, o confisco dos bens dos judeus também foi uma prática. Roubos e saques generalizados também ocorreram. E fuzilamentos em massa na solução final.

Até 1941, o assassinato de judeus de forma sistemática ainda não havia acontecido. A partir de 1941, começa o plano que será chamado de “Solução Final da Questão Judaica”, em que o assassinato de judeus ganha um caráter sistemático, de mortes em massa, e de forma organizada.

A Endlösung der Judenfrage (Solução Final da Questão Judaica) foi uma forma deliberada e sistemática de assassinato em massa de judeus na Europa, que foi a última etapa do Holocausto, e durou de 1941 até 1945. Foi uma escalada que representou assassinatos em massa de um modo sem precedentes.

A “Solução Final” usou dois métodos de assassinato, que foram os fuzilamentos em massa em aldeias, cidades e capitais da Europa Oriental, e a asfixia por gases venenosos nos campos de extermínio nazistas.

(continua)

Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
Blog
: http://poesiaeconhecimento.blogspot.com

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