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​O NFT, a Criptoarte e suas novidades – Parte II

Artistas fazem suas obras independentes ao entrar para comunidades de criptoartistas

No mundo dos jogos virtuais, o NFT tem um espaço de grande exploração e expansão, pois já há o caso de comércio de itens exclusivos dentro dos jogos, os chamados colecionáveis digitais, podendo incluir qualquer item escondido pelo game.

Têm, ainda, exemplos que vão além, como o do game Cryptokitties, com objetivo de coletar gatinhos com genomas digitais únicos que definem sua aparência e características, e os jogadores podem criar os seus próprios gatos, dando origem a um novo e exclusivo personagem dentro do game.

As raridades, por sua vez, também são um nicho a ser explorado no mercado de NFTs, como foi o caso do primeiro tuíte do Twitter, do CEO da rede social. E as vantagens do NFT, além da autenticidade garantida, é pelo fato de um NFT não poder ser falsificado, e ele ainda atua num mercado sem mediação, diretamente pela transação em blocos do Blockchain, o que garante um mercado desburocratizado, em que existe um acordo direto entre comprador e vendedor.

A venda de um NFT por um artista ou proprietário de um bem colecionável, por sua vez, ainda pode ser objeto de pagamento de royalties para o criador do NFT, pois os artistas podem adicionar royalties de forma automática aos contratos digitais firmados na venda dos ativos, fazendo com que o token, mesmo sendo revendido várias vezes depois de sua venda pelo artista, este artista ou criador continua recebendo uma parte do lucro destas revendas para sempre.

Os NFTs ainda poderão atuar na digitalização de todos os direitos de propriedade intelectual existentes, trazendo ainda fontes de renda extra para outros segmentos, por exemplo, no caso da Taco Bell, com a empresa lançando uma série de GIFs vendidos por lances que buscam incentivar a fidelização do cliente.

A criptoarte, por sua vez, um dos destaques da expansão dos NFTs, utiliza o Blockchain, tendo os artistas a possibilidade de vender sua arte digital (criptoarte) de forma segura, e virou um mercado em que este artista pode vender a sua criptoarte para qualquer colecionador do mundo, valorizando o artista.

E temos estes artistas criando galerias com essa tecnologia, e produzindo obras virtuais numeradas ou únicas, obras nas quais os artistas usam a Blockchain para assinar e autenticar as mesmas, sejam criptoarte, crypto art, ou cripto-colecionáveis.

A assinatura Blockchain é conectada a uma arte digital que pode ser uma pintura no formato PNG, uma fotografia, uma música, ou ainda uma animação gráfica abstrata, podendo também ser gráficos, vídeos ou animações.

A criptoarte pode ser vendida nos chamados marketplaces, que são sites especializados em compra e venda específicos para estes itens de NFTs. O mercado de criptoarte se expande devido a esta segurança de envolver itens que não podem ser falsificados, e que podem ser negociados usando criptomoedas que podem ser convertidas em dinheiro normal de qualquer país.

Neste mercado de criptoarte que se expande, por sua vez, temos artistas fazendo suas obras independentes ao entrar para comunidades de criptoartistas. Eles se reúnem em plataformas como o Telegram, o Discord, o Minds, o Crowdcast e outras plataformas. Estas plataformas de criptoarte são, em sua maioria, de caráter colaborativo, como o site dada.art, no qual estes artistas derrubam conceitos tradicionais da economia de arte.

Com este caráter colaborativo, a valorização destas obras de arte digital são feitas, uma vez que os negócios ocorrem sem intermediários, com artistas que podem variar as as suas atividades criativas entre arte digital, gifs e vídeos, tornando estas plataformas um ambiente de experimentação artística, e com bastante troca de informações. As plataformas de criptoarte, por fim, servem para democratizar a produção de arte e valorizar os artistas.

Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
Blog
: http://poesiaeconhecimento.blogspot.com

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