O que acontece em Vegas fica em Vegas
O título acima é o slogan da cidade do vício, que já foi título de filme e pode ser usado em outro sentido – O que não acontece em Vegas? Voltei à cidade dos sonhos perdidos após muitos anos, e sua exuberância ainda me surpreende – o irreal predomina e nos deixamos envolver nos exageros desse paraíso levantado em pleno deserto: um luxuoso oásis de ilusões.
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O território que atrai turistas do mundo todo é a ‘Strip’ – a faixa habitada mais cara do mundo, onde os maiores e mais famosos hotéis-cassinos atraem turistas do mundo todo com suas exuberantes decorações temáticas. Cruzando as passarelas suspensas, subindo ou descendo as escadas rolantes das ruas, você pode estar em Paris ou em Veneza, na Roma antiga ou no oeste distante.
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Meu preferido é o Venetian, considerado o maior entre os maiores: 7.092 quartos, 20 restaurantes, alguns de chefs famosos, e canais artificiais para passeios de gôndolas. O complexo tem um museu de cera, 10 piscinas, e um cassino de 10 mil m². Por que ir a Veneza se você pode ir ao Venetian?
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Mesmo com ‘apenas’ 6.077 quartos, o MGM Grand é o maior cassino do mundo e foi cenário da série de filmes “Onze Homens e um Segredo”. Ali se pode ver KÀ, um dos shows do Cirque du Soleil na cidade, e o rei do ilusionismo e das finanças, David Copperfield, citado pela Forbes como o mágico mais bem sucedido comercialmente de todos os tempos. Ou seja, um bilionário. Acho que é o primeiro mágico a usar Inteligência Artificial em seus truques de ilusionista.
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Com 4.750 quartos, o Wynn é um 5 estrelas requintado com 1.800 caça-níqueis e 26 mesas de pôquer. O Caesars Palace foi o primeiro a usar a decoração temática hoje comum aos hotéis da Strip. A estátua de Júlio César na entrada tem 6 metros de altura, e a festa de inauguração custou um milhão de dólares… em 1966! Em todos esses gigantes, as caça níqueis não param – Imagine quanto dinheiro é tragado diariamente nessas armadilhas.
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Todos esses faraônicos hotéis-cassinos têm sofisticados shopping centers internos exibindo as grifes mais famosas e cobiçadas do mundo. Em suas aleias lindamente decoradas passam levas de turistas diariamente, mas as lojas estão quase sempre vazias – na disputa pelos dólares das vítimas, ganham as caça-níqueis.
