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Por amor (ficção)

Era considerado o melhor time, com mais craques, e muitos troféus e medalhas

Era considerado o melhor time, com mais craques, tinha ganhado muitos troféus e medalhas. Naquele ano, longe da torcida, esse time jogou ganhando mais que perdendo. E então teve uma espécie de Prêmio para seus torcedores fanáticos. As últimas partidas da temporada foram com sua gigantesca torcida presente, quando o jogo era mando desse plantel. O vírus tinha sumido combatido, vencido.

Com jogadores experientes, talvez fosse a última vez que jogariam juntos. Nesse time de craques havia os que jogavam e torciam como torcedores. Jogaram fora do país, e agora podiam ter a glória de vestir o que seus torcedores chamam de manto sagrado, e jogaram orgulhosos e com fervor.

Esse time causava inveja nos outros clubes, principalmente nos torcedores contrários. Quando enfrentava esse time, o adversário jogava como fosse sua última partida, podia ser grande ou pequeno. Se agigantavam. E piorava quando celeridades do futebol mundial declaravam que gostariam de jogar nesse time, perante sua torcida.

Nesse ano, após conquistar todos os títulos disputados, quis o destino que fosse jogado o título mundial no Maracanã perante sua torcida. Estádio suportou 90 mil torcedores, só uma torcida, só vermelho e preto. O adversário era time espanhol, muita técnica, muita raça.

Em casa, no país todo e fora também, os demais torcedores (estima-se 43 milhões) acompanhavam tudo através de um pool de TV, transmissão para todo planeta. Foi quando tudo aconteceu: os dois times em campo, junto com a arbitragem, quando, de repente, tudo ficou em silêncio, quase 100 mil vozes caladas.

E talvez, como ensaiado, essas vozes começaram a gritar o nome dos jogadores, do goleiro ao último do ataque. Gritavam e se silenciavam por segundos. A televisão mostrava emoção nos rostos de alguns torcedores. Eles olhavam para toda torcida.

O outro time e o juiz esperando admirados. Quando chegou no último, ainda gritaram o nome de mais três que estavam no banco. Com permissão do juiz, eles foram chamados ao centro do gramado e então se ajoelharam em círculo, de frente para aquela torcida, abraçados, abaixaram a cabeça duas vezes em reverência. Talvez comandados pelo seu experiente e dedicado capitão.

A torcida toda se levantou e aplaudiu. Nunca se ouviu tamanha palmas em qualquer lugar do mundo. A TV também captava pessoas chorando, aplaudindo; uma verdadeira sintonia de dedicação.

Veio o jogo, esse time não conseguiu vencer a partida. Lutou muito. Dois jogadores saíram machucados. Fizeram uma partida impecável, deram show de bola, tática, raça e empenho.

O único gol adversário saiu após um dos zagueiros ter escorregado e o atacante contrário imediatamente chutado para o gol, com o goleiro desprevenido.

Coisas que só acontecem com o Sobrenatural de Almeida, do tricolor Nelson Rodrigues. A torcida não arredou pé do estádio até a saída do último jogador do gramado. E enquanto não foram para o vestiário, ouviram mais uma vez 90 mil torcedores aplaudindo de pé o FLAMENGO.

Terminou a temporada, que mesmo vencedora, ficou incompleta. Uns não voltaram após as férias, e o time foi sendo desfeito. Foi o jogador chamado Gérson, depois outro chamado Everton Ribeiro. Difícil ter outro time igual. Talvez daqui a 30 anos.

PARABÓLICAS

Fábio Pirajá é um dos locutores de uma safra recente e que está ainda na ativa, fazendo comercias para TV.

O site do governo do Estado veicula na TV boa e bem produzida leva de institucionais nesta pandemia.

Dizem que Junior Victor deixou saudades na Cor da Vida FM e que o gordinho Rony deixou lembranças na SIM.

André Monjardim, assim como Ricardinho Garcia, foram os melhores editores de áudio com quem trabalhei. Lembranças.

ACESSE
http://jrm50anos.blogspot.com.br/

ACESSE TRADUÇÃO JRM YOUTUBE
As Três árvores
https://www.youtube.com/watch?v=bEvCp6f17ik

MENSAGEM FINAL
A vida não deixa de ser divertida quando alguém morre, assim como não deixa de ser séria quando as pessoas riem. George Bernard Shaw

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