A adoção de PH como santo padroeiro da política capixaba pelo deputado estadual Gilsinho Lopes(PR) já é efeito Sandro Locutor (Pros), que depois de abrir luta com o governo do Estado viu o Penedo cair sobre ele.
Essa adesão de Gilsinho era inesperada até pela forma moderada como sempre tratou suas discordâncias com o governo do Estado, sobretudo quando o assunto em questão era o meio ambiente e o funcionalismo público estadual.
A guinada governista rasgada de Gilsinho não deixa de ser surpreendente pela forma com que o deputado referiu-se ao governo de PH. Como se estivesse diante de um governo sob medida para atual momento da política capixaba. Gilsinho colocou o homem nas nuvens. O elogio do deputado do PR foi de fazer inveja a muitos hartunguetes de carteirinha. Caso de Dary Pagung (PRB), por exemplo, que dá um braço por PH.
Evidente que a mudança de lado de Gilsinho vai trazer sérias consequências principalmente no caso do meio ambiente. Pois era ele o principal condutor na Assembleia da causa ambiental. Como também em defesa dos interesses do funcionalismo público, do qual já foi dirigente sindical.
A verdade é que, fora ele, a questão ambiental passa ao largo na Assembleia. Pois há por lá notórias transigências com poluidoras, principalmente quando se trata da Vale, responsável pela maior parte da poluição atmosférica na Grande Vitória.
Do ponto de vista de ganhos do governo com a adesão do Gilsinho, ela é das melhores, na medida em que tira de campo uma figura capaz de enrolar o governo num assunto em crescimento vertiginoso que ganhou novas entidades e manifestações públicas.
A esperança é que o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) engrene de vez na bandeira ambiental. Ele já deu sinais importantes a favor do meio ambiente quando pediu a prisão do presidente da Vale na CPI da Sonegação.
Quanto a Gilsinho, ele terá dificuldade em encarar o funcionalismo público e a militância ambientalista repaginado de hartunguete.
Que no futuro a urna não lhe seja pesada.