O ano de 2013 termina com um recado das ruas. É preciso mudar a agenda política e social. Neste sentido, o ano de 2014 vai exigir muito da sociedade civil organizada. Depois de colocadas na mesa as necessidades de mudança em relação ao atendimento básico, o movimento precisa pressionar, formar novas lideranças e buscar espaços institucionais para promover essas mudanças de fato.
Isso chama à responsabilidade os partidos políticos, mas, sobretudo, o PT, uma vez que o partido foi criado pela classe trabalhadora com o objetivo de atender à demanda da sociedade. O tempo passou, as coisas mudaram, um pouco desse discurso se perdeu no tempo e o partido chegou ao poder.
Os fatos mostram que algumas coisas mudaram, mas ainda é preciso fazer muito, até porque o movimento sindical na hora de tomar às rédeas da discussão se omitiu. A juventude e os novos dirigentes sindicais têm obrigação de preparar a sociedade para essa tomada, uma consolidação do povo no poder.
Por isso, em 2014, que é ano de eleições gerais, é preciso atenção redobrada e empenho do movimento nessa luta. Empenho e desprendimento das lideranças, que deixem de olhar apenas a manutenção do poder e voltar sua atenção para as demandas da sociedade, ou seja, voltar às suas origens.
A coluna espera que em 2014, não se repita esse vergonhoso atropelamento dos movimentos sindicais, como se viu este ano. Tentando correr atrás do movimentos de rua e se inserir de forma atrasada. É preciso que se encontre o caminho de volta para a integração com os movimentos sociais, que se amplie a pauta de reivindicação e que os dirigentes saiam das mesas de negociação e voltem para as ruas, para as comunidades e para o chão da fábrica.
Que o próximo ano seja repleto de lutas e consolidação das pequenas vitórias e ampliação das conquistas, para a classe trabalhadora e para toda a sociedade.
Que venha 2014!