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Saber bater

A eleição ao governo do Estado nos últimos dias tem se mostrado muito mais acirrada e as críticas sobre as posturas dos candidatos é sim muito importante para que o eleitor possa fazer a escolha mais apropriada. Não adianta, porém, sair batendo sem um contexto político de base, e o cenário atual mostra isso. 
 
O governador Renato Casagrande soube agredir seu adversário, buscando desconstruir a imagem ilibada que Paulo Hartung (PMDB) construiu nos oito anos de seu governo e que ainda é muito forte, graças ao seu recall com o eleitorado. Casagrande apontou contradições entre o que Hartung pregava e o que ele tinha em seus armários. 
 
Já o candidato do PT ao Senado, João Coser não soube usar esse expediente. A forma como o candidato foi para cima da deputada federal Rose de Freitas não teve o efeito que ele esperava. Enquanto Coser passou a chamar Rose de mentirosa, ela apontou denúncias contra o prefeito na Justiça. 
 
Neste sentido, houve mais efeito a ação contra o ex-prefeito de Vitória do que o contra-ataque dele à imagem da peemedebista. Coser mudou sua forma de agir e fugiu totalmente da linha que o eleitor se acostumou em relação ao PT. A linha agressiva não combina com o PT, o próprio Coser deveria saber disso. Afinal foi por causa da forma agressiva que César Colnago (PSDB) adotou contra Coser em 2004, que o petista venceu o tucano na eleição. 
 
Fica evidente que a crítica é válida, mas a linha que separa o embate que interessa o eleitor do que não interessa é tênue, e é preciso ter cuidado para não ultrapassá-la. Isso diferencia o crescimento das pesquisas e a perda da eleição. 
 
Fragmentos: 
 
1 – A pesquisa BRAND/Século Diário aponta o teto de Hartung e o crescimento de Casagrande. O governador pode levar a disputa para o segundo turno. A menos que alguma coisa aconteça até domingo (5).

 

2 – Já a presidente Dilma Rousseff (PT) tem uma derrota bem possível no Estado. Mas um eleitor parece que ganhou: o ex-governador Paulo Hartung estaria se aproximando cada vez mais da presidenciável.  

 

3 – Roberto Carlos (PT) é o candidato nem sim, nem não, muito pelo contrário. 

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