O sindicato da Construção Civil do Estado lança o informativo que dá início à campanha salarial que poderia ser bem mais aprofundado. Até porque acontece em um momento muito delicado para a classe trabalhadora, em que tramita no Congresso Nacional ações que podem colocar fim às garantias de décadas de luta.
O que o informativo traz é um mais do mesmo, sem trazer nenhuma reflexão mais profunda e mais contundente. É hora de ir pra cima, ou tudo estará perdido em breve. Cabe aos sindicatos buscar formas de mobilizar as categorias, os trabalhadores, para tentar evitar o mal maior.
Ferramentas para isso não faltam, tem os o Dieese, a Escola Sindical em Belo Horizonte (MG), outra em Cajamar (SP) e outras Brasil afora, que estão quase fechando, sem uso, e que poderiam trazer todas as informações necessárias para que as lideranças sindicais pudessem fazer a mobilização da classe trabalhadora de forma mais abalizada.
Mas os sindicatos preferem o caminho mais fácil. Fazendo um discurso panfletário e em muitos momentos atrasado. Não cabe agora ficar dizendo quem da bancada é a favor ou contra o projeto tal, cabe buscar o próprio espaço institucional. Tirando o deputado federal Helder Salomão, oriundo do movimento do magistério, nenhum dos demais parlamentares capixabas tem qualquer relação com o movimento sindical.
Isso tem que mudar. Isso significa que o trabalhador não está preparado nem para buscar os espaços institucionais, nem para votar nos representantes da classe trabalhadora. Não está preparado para a luta de classes.
Por isso, no Congresso só tem patrão, e por isso, as garantias trabalhistas estão ameaçadas por uma reforma previdenciária, proposta por um governo ilegítimo. Isso mostra que o problema está acontecendo bem anterior a isso, está na velha máxima da formação política, tarefa das entidades sindicais e esquecida na luta pelo poder dentro de cada sindicato.
Acorda sindicato!
