Uma sociedade democrática se faz com valorização, condições dignas e salários justos
Igualdade, equidade e democracia com geração de trabalho e distribuição de renda é o grande desafio de nossa sociedade, para a reconstrução de um país onde a questão do bem-estar social seja o nosso tema central para uma civilização humana e democrática.
É fundamental construirmos um modelo de desenvolvimento que busque a geração de empregos, com trabalhos em condições dignas, remunerações justas para a superação das desigualdades, e a garantia dos direitos da classe trabalhadora em suas diversas categorias de trabalho.
A construção de uma sociedade de bem-estar social, com direitos e liberdades, passa pela compreensão e valorização do mundo do trabalho atual e do reconhecimento da classe trabalhadora em seus diversos setores, onde o ser humano é necessário para exercer o seu trabalho e gerar riquezas em nosso país. Essa riqueza deve ser distribuída com justiça dentro das regras sociais: “de cada um segundo sua capacidade e a cada um segundo sua necessidade”.
A reconstrução do Brasil tendo como parâmetros a justiça social e a equidade e a igualdade entre os seres humanos, passa necessariamente pelo eixo central de toda sociedade que é o fortalecimento e reconhecimento do atual mundo do trabalho, para que seja mais próspero e justo, garantindo os direitos daqueles que vivem do seu trabalho e necessitam de uma renda justa para viver dignamente com os seus.
A nossa sociedade, para ser reconhecida como democrática, livre e justa, precisa enfrentar os graves problemas gerados pela desastrosa economia financeira, que há muito tem concentrado renda e poder nas mãos de poucos em detrimento da maioria, que é a classe trabalhadora e que produz toda a riqueza gerada em nosso país.
A nossa sociedade precisa de uma economia produtiva, que gere empregos e renda, onde possamos garantir os direitos trabalhistas, a proteção social para quem dela precisa, além de avançar na eliminação das desigualdades que há séculos maculam nosso mundo do trabalho.
Para isso é preciso que o Estado, em seu papel relevante enquanto governo federal, seja o coordenador das políticas públicas gerais e garantidor de emprego, trabalho e renda.
Que nossa sociedade democrática construa um sistema de proteção para quem trabalha, fortalecendo as organizações sindicais, garantindo a sua representação na busca de melhores condições de vida, inclusão social e participação na renda nacional.
É necessário a garantia e o respeito aos princípios definidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tem como direito fundamental da classe trabalhadora a liberdade sindical; negociação coletiva; erradicação de toda forma de trabalho forçado e escarvo e trabalho infantil; e eliminação de toda a forma de discriminação.
É o desejo de nossa classe trabalhadora que as políticas públicas enfrentem as desigualdades no mundo do trabalho, principalmente as de classe, gênero, raça e etnia, observando as relações no mercado formal e informal, principalmente o trabalho doméstico.
No mundo do trabalho na sociedade atual, precisamos conhecer e avaliar nosso passado, para construir propostas que solucionem problemas atuais e assegurem o futuro que nossa classe trabalhadora, com suas diversas categorias, precisa, merece e será construído por nossas mãos. Uma sociedade democrática se faz com reconhecimento e valorização da cidadania, trabalho em condições dignas, e salário justo para todos.