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A Cabeça de Gumercindo Saraiva: família do general decide enterrá-lo num lugar ermo dos pampas

Nos fins da revolução federalista, a família do general Gumercindo Saraiva decide de forma incauta enterrá-lo num lugar ermo dos pampas. Os castilhistas, que passavam cavalgando pela região, encontram a cruz de madeira cravada junto à terra batida. Eles desenterram o corpo e descobrem que se trata mesmo do general Gumercindo.

O coronel ordena que sua tropa arranque as orelhas, dentes e cabeça do defunto e a entreguem em Porto Alegre para Júlio de Castilhos. O objetivo, segundo o coronel, é travar uma guerra psicológica. Ele designa Lobo, Caçapava e o major Ramiro para a tarefa.

A família de Gumercindo percebe o equívoco já muito distantes da cova. Eles voltam rapidamente ao local e culpam imediatamente os Pica-paus pela decapitação. De acordo com uma lenda local, quando a cabeça se separa do corpo, a alma não vai a parte nenhuma, mas vaga aprisionada pela terra como um fantasma e só se liberta quando é novamente atada ao corpo.

A perseguição deixa baixas de ambos os lados, mesmo assim, ninguém cede. Os Maragatos encontram abrigo temporário no quartel do excêntrico major Isidoro, que quer a cabeça para si. Ele justifica a desobediência às ordens superiores, com a crença na própria mediunidade. O major diz-lhes que conversou com Gumercindo e que seu último desejo era estar em suas mãos.

Os maragatos percebem que Isidoro é louco e pouco confiável, por isso, partem na surdina acatando as ordens do coronel de levar a cabeça até Porto Alegre. À medida que se aproximam da capital, mais pessoas morrem e a cabeça começa a perder importância. Na verdade Pica-paus e Maragatos foram arrebatados pelo ódio.

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