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Sugestão Netflix: A Oitava Praga

Nota baixa é injusta. Os efeitos especiais não são os melhores e há erros, mas o roteiro é bom

Filme do Sci-Fi channel, disponível na Netflix, é surpreendentemente bom e um dos poucos acertos entre as centenas de produções horríveis do canal.

Cientistas do laboratório Silogen criam, numa estufa, gafanhotos geneticamente modificados, que sozinhos são capazes de matar todas as pragas da lavoura. Depois de liberar um gás químico, uma das portas da estufa fica emperrada por problemas no sistema de computadores. Os donos são obrigados a enviar funcionários com equipamentos de proteção para fechá-la manualmente, mas, infelizmente, eles acabam percebendo tarde demais e os gafanhotos escapam.

Os sócios Gary e Russ discutem o problema. Russ acha que precisam avisar às autoridades o mais rápido possível, mas Gary prefere varrer tudo para debaixo do tapete e esperar que os gafanhotos morram. Eles foram modificados geneticamente para viver no máximo dois dias. Ainda assim, o fato de terem se tornado carnívoros pode criar um problema muito grande para a Silogen.

O gado e as pessoas da região começam a morrer com os ataques, e os fazendeiros dos municípios vizinhos apinham-se no ministério da agricultura querendo explicações.

O entomologista Colt, ex-funcionário do Silogen que abandonou o laboratório por questões éticas, pratica hoje a agricultura orgânica. Ele é namorado da filha de Russ, veterinária no ministério. Antevendo o pior, Colt faz uma análise de um gafanhoto encontrado na carne do boi, associa a criação da praga ao Silogen, e vai prestar contas com os chefes. Depois da visita, Russ conta ao sócio que Colt sabe de toda a história e que desta vez só bons advogados não serão suficientes para livrá-los da cadeia. Eles concordam em destruir todos os vestígios e esperar o enxame inteiro morrer.

O governo americano convoca Ballard, um especialista com experiência na África para cuidar do problema. Eles acreditaram, inicialmente, que os gafanhotos eram estéreis, mas segundo Colt, é possível que, ao se adaptar ao ambiente fora do cativeiro, tenham se tornado férteis. A equipe vai até o ninho de gafanhotos dentro de uma gruta, o grupo é liderado por Ballard, Colt e por sua namorada, a veterinária Vicky. Eles ateiam fogo nos casulos mas não adianta, são muitos gafanhotos, e a maioria consegue fugir para outras regiões. Só os líderes da equipe sobrevivem.

Ballard sugere o uso de um pesticida perigosíssimo, o UD-66, proibido para uso comercial, mas conhecido no exército. Colt acredita que o agrotóxico pode causar problemas muito maiores que a praga. Eles, então, decidem usar um intermediário menos lesivo, o U-45. O plano é rastrear os insetos e despejar o veneno numa única área, mas por algum motivo, o pesticida não funciona. A casa branca envia oficiais do exército para pequena cidade de Prairie, porque os gafanhotos estão se reproduzindo rápido e em poucas semanas chegarão a toda América do Norte.

A nota baixa nos sites especializados é injusta. Claro, os efeitos especiais do Sci-fi channel não são os melhores e há alguns erros de continuação bem engraçados, mas o roteiro é bom. Existem alguns tropes clássicos do gênero, como a vingança da natureza, a punição dos gananciosos, o mocinho que toma a responsabilidade toda para si, que apesar de repetitivos, não deixam o filme chato nem parecendo a centésima cópia de um blockbuster antigo.

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