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Sugestão Netflix: Upgrade

Boa ficção científica, trata de um futuro que, para muitos teóricos do caos, está bem próximo

Boa ficção científica no catálogo da Netflix, Upgrade trata de um futuro distópico que, para muitos teóricos do caos, está bem próximo.

Grey é um mecânico de automóveis antigos que não acompanhou as mudanças, seu trabalho não dá rendimentos, porque os carros movidos a gasolina estão ultrapassados e os atuais dispensam o motorista.

Ele é sustentado pela namorada Asha, que trabalha numa empresa de tecnologia. Eron, seu único cliente, um excêntrico magnata dono da principal marca de robôs do mundo, pede-lhe para entregar o carro em casa. Grey leva a namorada consigo e Eron apresenta-lhes suas últimas descobertas.

Na volta para casa, o carro do casal pega uma rota alternativa automaticamente. Eles tentam assumir o controle, mas o carro segue desgovernado até a beira de um cais habitado por moradores de rua. Uma gangue misteriosa surge do nada e aproveita a oportunidade para matar Asha e lesar a coluna vertebral de Grey, deixando-o paraplégico.

No mundo onde tudo é controlado por computador, a polícia trabalha a maior parte do tempo no escritório e monitora a cidade com drones e câmeras de segurança. Os drones filmam o crime, mas não conseguem reconhecer os suspeitos.

A recuperação para Grey é deprimente e dolorosa. Ele pensa até mesmo em se matar, tomando grandes doses de antidepressivo. Ao invés da morte, a overdose leva-o novamente ao hospital, onde ele recebe a visita de Eron, que oferece-lhe um tratamento alternativo que pode curar sua paralisia, sob a condição de manter a confidencialidade enquanto durar a fase de testes. O procedimento é secreto e proibido por lei.

Grey aceita passar pela cirurgia e o resultado é bem superior ao esperado, impressionando até mesmo o seu criador. Grey rapidamente descobre que pode usar a Inteligência Artificial para se vingar dos criminosos que mataram Asha. O contrato assinado antes da operação obriga-o a continuar vivendo como cadeirante, para não levantar suspeitas contra a empresa de Eron que o monitora à distância.

As histórias de cyborgs, substituição do trabalho humano pelas máquinas e hibridização homem-máquina povoam o imaginário popular há muito tempo. O filme as atualiza para o século XXI e traz questões importante para a pós-modernidade. Impossível não relacionar a trama com o sistema de monitoramento e score social chinês e as invenções malucas de Elon Musk.

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